Page 1000 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Perfil dos Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Ceará, 2018.
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 025.200.885-59 BRUNA ALMEIDA SOBRINHO PREFEITURA MUNICIPA DE PACAJUS
059.465.753-92 Débora Paulo Gomes Faculdade Maurício de Nassau
727.363.993-15 Maria Júlia Araújo Borges Faculdade Maurício de Nassau
034.336.643-66 Eugenia Olímpio da Silva Faculdade Maurício de Nassau
035.388.523-16 Angélica Costa de Oliveira Faculdade Maurício de Nassau
864.700.192-34 Susyane Cortês Barcelos Faculdade Mauricio de Nassau
Resumo
INTRODUÇÃO: A influenza é uma infecção respiratória aguda, causada pelo vírus A e B. O vírus A está associado a epidemias e
pandemias. É um vírus de comportamento sazonal e tem aumento de número de casos entre as estações climáticas mais frias, podendo
haver períodos com menor ou maior circulação do vírus. Habitualmente em cada ano circula mais de um tipo de vírus da influenza. A
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é um tipo de pneumonia grave que ocorre por diversas etiologias e observa-se uma maior
proporção de confirmação por influenza, evidenciando, assim, a maior circulação do vírus neste período se comparado com anos
anteriores. OBJETIVO: Descrever o perfil dos casos de SRAG por influenza no estado do Ceará em 2018. METODOLOGIA: Trata-se de
uma estudo descritivo, retrospectivo e transversal. Utilizou-se os boletins epidemiológicos semanais, de acesso público, disponibilizados pela
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, dos quais descrevem os casos notificados por SRAG até a Semana Epidemiológica (SE) 20* de
2018, segundo variáveis epidemiológicos e operacionais. Foram respeitados os preceitos éticos. RESULTADOS: No Ceará, até a SE
20/2018, foram notificados 742 casos de SRAG e 32% (237/742) destes foram confirmados por influenza, 25,2% (187/742) dos casos de
SRAG não foram especificadas, 2,1% (16/742) por outros vírus/agentes etiológicos e 40,4% (300/742) dos casos de SRAG estão em
investigação. As faixas etárias mais acometidas são os idosos de 60 anos e mais (18,6%) e crianças de 1 a 4 anos (17,7%). O sexo
feminino apresentou 83,5% (106/237) dos casos confirmados por influenza. O total de cura dos casos de SRAG por influenza foi de 83,5%
(198/237). Em 2018, até a SE 20*, foram registrados 82 óbitos por SRAG, destes 47,5% (39/82) foram por influenza. Destes, 82% (32/39)
foram causados por influenza A (H1N1), 2,5% (1/39) por influenza A H3/sazonal, 5,1% (2/39) por influenza A não subtipado e 10,2% (4/39)
por influenza B, 53,8% ocorreram em pacientes do sexo feminino e 46,2% no sexo masculino. As faixas etárias mais acometidas foram
de 50 a 59 anos, 60 anos e mais (mediana 62 anos), com 17,9% e 30,8% dos óbitos, respectivamente. CONCLUSÃO: A
influenza é uma doença sazonal, o que requer uma vigilância ativa acerca de SRAG, necessitando medidas permanentes de
prevenção para o controle e a quebra da cadeia de transmissão.