Page 1002 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM UM MUNICÍPIO CEARENSE
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    003.723.213-48  VERINEIDA SOUSA LIMA       Mestrado Profissional Ensino na Saúde  UECE E
                          836.792.353-72  JOANA ALVES DE SOUSA       Secretaria de Saúde de Ipueiras
                          025.002.093-93  ISABEL FONTENELE DIAS LIMA  Secretaria de Saúde de Ipueiras
                          013.115.253-00  MYRLA SOARES AGUIAR        Mestrado Profissional Ensino na Saúde da Universidade
                          195.866.203-87  ALICE MARIA CORREIA PEQUENO  Mestrado Profissional Ensino na Saúde da Universidade
                          622.263.713-20  YARA PESSOA SOARES         Mestrado Profissional Ensino na Saúde  CMEPES da
           Resumo
           A hanseníase ainda representa um sério problema de saúde pública no Brasil, ocupando o lugar entre os países com maiores números de
           casos novos registrados no mundo. O conhecimento das características epidemiológicas da doença, é uma importante ferramenta
           para o controle da endemia. Objetiva-se descrever o perfil dos casos de hanseníase no município de Ipueiras - CE entre o
           período de 2007 à 2017. Trata-se de um estudo retrospectivo, abrangendo o período entre 2007 à 2017 com base no Sistema de
           Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Na coleta dos dados considerou-se todos os casos de hanseníase notificados e
           confirmados no município, sendo assim pacientes residentes e atendidos em Ipueiras. O instrumento de verificação das informações foi a
           ficha de notificação e os dados foram analisados com uso de tabelas e gráficos. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, classificação
           operacional, forma clínica, modo de detecção do caso novo e local de residência. Os resultados demonstram que no período de 2007 à
           2017 foram registrados 47 casos da doença, seno 18 (38%)do sexo feminino e 29 (62%) do sexo masculino. A idade prevalente é entre 50-
           64  anos  (40,4%).  Descrevendo  a  classificação  operacional  ,  14(30%)  foram  diagnosticados  como  paucibacilares  e  31  (66%)  como
           multibacilares e 2 (4%) não tiveram a classificação operacional definida. Em relação a classificação da forma clínica, 28 (59,5%)
           não tiveram esta variável identificada. Considerando o modo de detecção de caso novo, 10(21%) foram ignorados, 21 (45%) por
           demanda espontânea e 16 (34%) encaminhamento. A distribuição foi quase igualitária na sede e distrito, porém um distrito apresentou
           sozinho 17 casos (36%). Assim, considera-se que a maioria dos casos foi em pacientes masculinos e adultos, o programa de atenção ao
           controle da hanseníase apresenta lacunas na detecção precoce, tratamento e acompanhamento, com prevalência de casos multibacilares,
           mantendo a transmissão ativa da doença. Portanto é importante capacitar os profissionais do município e consequentemente melhorar
           cobertura e atendimento as demandas da hanseníase.
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