Page 999 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Perfil de Gestantes com HIV atendidas em uma maternidade de referência em Fortaleza-CE
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 670.002.403-00 Maria Lívia Alexandre Facó Bezerra Maternidade Escola Assis Chateubriand
029.676.723-94 Ahellen Saarah Rodrigues Lima Hospital Dr. Alberto Feitosa Lima
029.810.933-63 Milena Alencar Barboza Escola de Saúde Pública
Resumo
Introdução: o aumento de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Brasil, especialmente em mulheres em idade
reprodutiva, resultam em maior risco de crianças nascerem com o vírus. Acompanhando as alterações do perfil epidemiológico da
infecção pelo HIV surgem diretrizes voltadas para saúde feminina. Objetivo: conhecer o perfil epidemiológico das gestantes com HIV
atendidas no pré-natal de alto-risco em uma maternidade no município de Fortaleza-CE. Metodologia: realizado um estudo documental,
descritivo, transversal, quantitativo, em uma maternidade de referência para gestantes com HIV, no período de março a maio de 2016.
Utilizaram-se os prontuários das pacientes notificadas e que tiveram seu acompanhamento em 2014 e 2015. O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza, com o parecer número 537.717/2016. Resultados: foram
identificados 60 prontuários de gestantes com HIV. Os dados sócio-demográficos demonstraram que a maioria estava entre a faixa etária
de 19 a 29 anos (51,7%), encontravam-se desempregadas (68,3%). A maior parte apresentava nível de escolaridade fundamental
incompleto (36,7%) ou eram casadas ou em união estável (43,3%). As informações gineco-obstétricas evidenciaram que (56,7%)
realizaram entre seis ou mais consultas de pré-natal. O uso de antirretroviral atingiu (65%) das gestantes. A principal via de parto foi a
cesárea eletiva (93,3%). Referente à infecção pelo HIV, a maior parte das mulheres receberam o diagnóstico no pré-natal. Observou-se que
a carga viral materna foi identificada em só (15%) das gestantes. Conclusões: A pauperização e a feminilização do HIV torna-se mais
evidentes nas pesquisas, e apesar das políticas públicas elaboradas e estratégicas aplicadas, ainda não conseguimos alcançar as metas
estabelecidas, questionando-se aonde ocorreram as falhas que impedem a redução de transmissão do HIV.