Page 1001 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Perfil Epidemiológico da Coinfecção TB/HIV no estado do Ceará, no ano de 2016
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 134.212.203-87 SHEILA MARIA SANTIAGO BORGES SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
221.111.823-20 Christiana Maria de Oliveira Nogueira Secretaria da Saúde do Estado do Ceara
Resumo
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa antiga quanto a história da humanidade, causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis. A Síndrome da Imunodeficiência Adquerida da década de 1980, é uma doença causada pelo vírus HIV.
Atualmente a infecção pelo HIV é o principal fator de risco para o desenvolvimento da TB, e a doença é a principal causa de morte entre as
pessoas vivendo com HIV/AIDS (WHO, 2016). Objetivo: descrever o perfil epidemiológico da coinfecção TB/HIV no estado do Ceará no ano
de 2016. Metodologia: estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa dos indicadores da coinfecção TB/HIV. Os
dados foram obtidos da base estadual do Sistema de Agravos de Notificação (sinan) Resultados: dos 3565 casos novos de tuberculose
notificados em 2016 no SInan, 70,4% realizaram teste para HIV e desses 12% estavam coinfectado TB/HIV; 65,4% eram do sexo
masculino; 34,5% na faixa etária entre 20-34 anos; 83,7% da raça/cor negra; analfabetos e com ensino fundamental completo somaram
46,8%; a forma clinica pulmonar predominou com 86,3% e 85,4% estavam em uso da terapia antiretroviral durante do tratamento da TB;
5% eram pessoas privadas de liberdade; 2% estavam em situação de rua, e 11,2% eram beneficiário de algum programa de proteção
social do governo. Em relação a cura foi de 63% com abandono de tratamento de 10,9%. Observa-se um percentual de 6% de óbitos,
sendo 2,3% de óbitos por outras causas e 3,7% de óbitos por TB. Considerações: conhecer o perfil epidemiológico da coinfecção
TB/HIV é de extrema importância para definir estratégias para redução do dano decorrente dessa associação. Ressalta-se
também da importância de ofertar o teste a todos os pacientes com tuberculose, pois detectando precocemente os casos de HIV ,
mais precoce inicia a terapia antiretroviral e consequentemente reduz o numero de óbito. Outro fator relevante é a necessidade de uma
maior articulação entre os programas de tuberculose e aids para em conjunto firmar compromisso no planejamento das ações nas unidades
de saúde.