Page 1006 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           Perfil Epidemiológico e Clínico da Leishmaniose Tegumentar Americana no Estado do Ceará de 2007 a 2016.
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    710.580.363-00  JANE CRIS DE LIMA CUNHA    SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
                          045.965.663-56  LEVI XIMENES FEIJÃO        SESA CE
                          056.417.593-50  BÁRBARA DOS SANTOS         SESA CE
                          844.089.873-87  ROBERTA DE PAULA OLIVEIRA  SESA CE
                          601.566.963-20  EXPOESP - ANA RITA PAULO   SESA CE
                          213.855.803-72  SUELLY MORBECK             SESA CE
           Resumo
           A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma das seis mais importantes doenças infecciosas, de acordo com a Organização
           Mundial da Saúde. O Brasil. de 2009 a 2013, foi o terceiro país com maior número de pacientes do mundo, com média anual de 21.000.
           Sua transmissão não mudou de forma significativa nos últimos 50 anos, tornando relevan6te o conhecimento do seu perfil epidemiológico. O
           presente estudo teve por objetivo descrever o perfil epidemiológico da LTA do Estado do Ceará, no período de 2007 a 2016. Trata-se de
           um estudo descritivo, transversal, realizado com os casos notificados e confirmados de LTA do Ceará de 2007 a 2016. No período houve
           8.405 pacientes de LTA, a maioria, 8.158 (97,06%) em sua forma clínica cutânea, homens, 4.452 (52,65%), na faixa etária de 20 a 39 anos,
           2.392 (28,46%). A idade dos pacientes apresentou uma amplitude de zero a 99 anos, com média, moda e mediana de 36,13 e 34 anos,
           respectivamente. Entretanto, sua transmissão não diferiu quanto ao sexo e idade (p=0,2104). Houver cura em 6.518 (77,55%) e 14 90,16%)
           óbitos, conferindo uma taxa de letalidade acumulada de 0,17%. Houve notificações em todo o período, variando de 394 (2016) e 1.168
           (2207). As maiores taxas de incidência foram em 2007 (14,03/100.00) e 2009 (13,40/100.000). A maioria dos pacientes teve transmissão
           autóctone, 7.647 (90,*98%) e 5.526 (68,025) moravam na zona urbana, com 4.623 (555) dos pacientes dos municípios de
           Uruburetama, Pacoti, São Benedito, Itapagé, Crato, Barbalha, Ibiapina, Ipu e Viçosa do Ceará, dentre os 184 municípios do Estado. A LTA
           continua send0 uma importante doença endêmica no Estado, pela intensidade, pela intensa transmissão em zona urbana, provavelmente
           domiciliar e sua grande capacidade de causar deformações e comprometimento de boca e nariz. Apresenta-se ainda concentrada em nove
           municípios de áreas de serra, o que possibilita a adoção de medidas de controle direcionadas. E portanto, no Ceará, as ações de prevenção
           e e controle devem manter-se como prioritárias seja por meio das ações de vigilância epidemiológica, das medidas de atuação na
           cadeia  de  transmissão  e  ainda  de  medidas  educativas  e  sua priorização por parte dos gestores.
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