Page 1004 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VIOLÊNCIA FÍSICA NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 2007 A 2017
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x           443.076.833-15  MARTA MARIA CAETANO DE SOUZA  SECRETARIA DE SAUDE DO ESTADO DO CEARÁ
                          413.942.083-91  Iva Maria Lima Araujo Melo  Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
                          865.539.333-91  Caroline Muniz e Silva     Secretaria de  Saúde do Estado do Ceará
                          013.370.213-85  Francisca Aline de Freitas Coelho  Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
           Resumo
           Introdução: A violência é definida como o ato de obrigar, constranger, utilizar a superioridade física sobre o outro ou impedir manifestação
           de desejo sob ameaça. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico da violência fisica no Ceará, de 2007a 2017. Metodologia: estudo
           descritivo utilizando Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Variáveis avaliadas:Número absoluto,percentual de casos de
           violência e meio de agressão, segundo tipo de violência, sendo as demais variáveis analisadas para violência física: sexo, faixa etária,
           escolaridade, sexo do agressor e zona de residência. Resultados: A partir de 2012 observou-se aumento de todos os tipos de violência.
           No período avaliado a violência física teve maior ocorrência 13,982 (56,82%), seguida da negligencia/abandono 6533 (26,34%), psicomoral
           6420 (25,89%), e sexual 2926 (11,80%). As vitimas da violência física foram 6018 homens (43,0%) e 7961 mulheres (57,0%). A faixa etária
           de maior ocorrência foi de 15 a 19 anos, 5090 (20,53%), depois de 20 a 29 anos 4370 casos (17,62%), e as faixas menor de 1 ano, 1 a 4
           anos e 5 a 9 anos registraram juntas 4314 casos (17,4%). Quanto à escolaridade 4719 casos estão como ignorados e em branco (19,03%),
           2513 casos (10,13%) cursaram de 5ª à 8ª série e 1466 (5,91%) 1ª à 4ª série incompleta. A educação superior registrou menor número de
           ocorrências: 584 (2,35%). A violência física cometida por homem registrou 9329 casos (37,61%), por mulher 1931 casos (7,8%) e por
           ambos 1016 casos (4,09%). A zona urbana registrou 10098 casos (40,7%), zona rural 3356 (13,5 %) e periurbana 136 (0,54%). Em relação
           ao meio de agressão força corporal /espancamento registrou 6968 casos (28,1%), outras formas de agressão 4999 (20,2%). Arma de fogo
           e objetos perfuro cortantes registraram 2503 (10,1%) e 2519 casos (10,2%). Conclusão: A violência é um problema crescente na
           sociedade, acometendo pessoas de todas as faixa etárias, observando ainda que está atrelada ao processo educacional e das relações
           socais. A violência física é crescente nos grande centros urbanos em decorrência do próprio crescimento desordenado das cidades e
           envolve questões de diferentes natureza, social, econômica, dentre outras. A vigilância em saúde possui importante e determinante papel no
           monitoramento das violências quando passa a ter espaço de prioridade na elaboração e implementação de políticas públicas voltadas à
           promoção da educação em saúde e bem estar, redução de riscos e danos e evitabilidade de casos.
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