Page 314 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
CONHECER PARA INTERVIR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA TURMA V DA RESIDÊNCIA
INTEGRADA EM
SAÚDE EM SANTA QUITÉRIA-CE
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 059.036.783-86 Laércio Gomes de Albuquerque Escola de Saúde Pública
045.256.223-69 Crislane Martins Timbó Escola de Saúde Pública
054.785.173-13 Paola Lopes Lima Escola de Saúde Pública
x 970.958.003-59 George Muniz Mesquita Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
054.057.953-05 Antonia Gláucia Furtado de Melo Escola de Saúde Pública
020.848.453-19 Antônia Márcia Fernandes Mourão Escola de Saúde Pública
026.122.303-86 Ana Sibele Almeida Silva Escola de Saúde Pública
038.015.213-46 Francisca Sâmia Aragão Farias Prefeitura de Santa Quitéria
042.372.633-12 Roberta Dávila Freitas Martins Prefeitura de Santa Quitéria
445.489.903-72 Francisco Alberto Martins Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
014.583.383-63 Jarina Raimunda Farias Magalhães Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
146.117.537-27 Donária Bezerra Nobre do Vale Escola de Saúde Pública
048.550.023-05 Isabelly Ribeiro Araújo Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
Resumo
INTRODUÇÃO: A Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS/ESP-CE) fomenta, como uma proposta
para integração ensino-serviço-comunidade, a realização da territorialização em saúde. Este processo, balizado pela necessidade de
conhecer o território onde se irá atuar, remete à uma aproximação real com a dinâmica do território e com a produção social do coletivo nos
variados locais onde a vida se reproduz. OBJETIVO: Descrever o processo de territorialização em saúde nas áreas de atuação de
duas Estratégias Saúde da Família (ESF), realizado pela Turma V da RIS/ESP-CE do município de Santa Quitéria - Ceará.
METODOLOGIA:Optou-se pelo método descritivo e qualitativo, de tipo relato de experiência. Foram realizadas visitas institucionais,
domiciliares, caminhadas observacionais e entrevistas com cidadãos usuários do SUS local, durante os meses de março a maio de
2018. RESULTADOS: A equipe é assim composta: Assistente Social, Psicóloga, Cirurgiã-Dentista, Fisioterapeuta, Nutricionista e
Enfermeiras (2), orientadas por Preceptores de núcleo e campo. Após acolhimento, antes de adentrarmos nos territórios de abrangência
das duas ESF, realizamos várias visitas institucionais aos departamentos de saúde e órgãos públicos. Para a inserção nos territórios, foram
agendadas reuniões com as ESF para apresentação e aproximação com a dinâmica da vida local. Neste encontro, acordou-se visitas às
microáreasjuntamente com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das ESF Pereiros e Boa Vida. Durante as visitas e oficinas,
encontramos determinantes e condicionantes negativos da saúde, dada a incipiência do Estado em propor e executar políticas
públicas intersetoriais e efetivas. Revelou-se, neste processo, um contexto de violação de direitos, de violência urbana, de favelização,
de pobreza, de uso, abuso e tráfico de substâncias psicoativas, bem como de ausência de segurança púbica sob o viés de política pública.
CONCLUSÃO: O processo de territorialização foi bastante dolorido. Não só pelo cansaço físico, resultado de longas caminhadas ao sol
quente, mas também pela dificuldade que tivemos de nos encontrar nesse processo e a indisponibilidade de alguns agentes importantes
que poderiam nos auxiliar no processo de aproximação com o território vivo, no entanto, compreendemos que conhecer o território, ou
territorialização, é uma estratégia extremamente útil para compreender as vidas que habitam e circunscrevem um dado espaço.