Page 317 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
CONSTRUÇÃO DO FLUXOGRAMA ANALISADOR EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 604.006.793-45 Priscila da Silva Barbosa Escola de Saúde Pública do Ceará
045.325.783-61 Ana Lígia Maia da Silva Costa Escola de Saúde Pública do Ceará
017.289.753-01 Antonio Adriano Sousa Barros Filho Escola de Saúde Pública do Ceará
019.788.393-16 Camilla Saldanha Martins Escola de Saúde Pública do Ceará
020.738.453-39 Bráulio Costa Teixeira Escola de Saúde Pública do Ceará
852.254.523-53 Érika Rachel Pereira de Souza Escola de Saúde Pública do Ceará
Resumo
INTRODUÇÃO: O fluxograma consiste no mapeamento dos fluxos e dos processos de trabalho, tornando-os público e cartografando-os por
meio de uma representação gráfica, tornando uma ferramenta para reflexão da equipe (REIS; DAVID, 2010). OBJETIVO: Descrever a
construção do fluxograma analisador em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). METODOLOGIA: O fluxograma analisador foi
realizado por meio de uma oficina na UBS. O momento foi vivenciado por alguns profissionais que fazem parte da equipe de trabalho,
juntamente com a equipe de residência e preceptoria de campo. Foi construído por meio de um espaço democrático para a expressão de
conteúdos referentes aos fluxos do cuidado. RESULTADOS: Os profissionais relataram que demandas vindas de outros equipamentos
quase não chegam, identificando assim uma falha de comunicação intersetorial. O serviço não consegue analisar a necessidade dos
usuários que chegam à porta de entrada, ficando assim a assistência ligada diretamente a programas pré-estabelecidos pelo
Ministério da Saúde e apesar de existir equipe completa, não há profissionais destinados para realizar triagem e até mesmo um
acolhimento. Os funcionários colocaram que não há relações de poder na divisão do trabalho, dessa forma, as tomadas de
decisões não são concentradas em apenas um profissional. Fragilidades nas relações de colaboração interprofissional também
foram apontadas, não conseguindo reconhecer práticas de cuidado à luz da clínica ampliada. São utilizadas principalmente as tecnologias
leves-duras e duras no serviço, e no que diz respeito às tecnologias leves, estas estão sendo introduzidas aos poucos, principalmente, pelos
residentes. Ao término da oficina e análise dos dados do fluxograma analisador, apontamos intervenções/mudanças que podem ser
implementadas no serviço a fim de melhorar os processos de trabalho em saúde vivo em ato, a saber: reuniões de equipe, salas de espera,
implementação do acolhimento, oficinas de educação permanente, grupos de saúde, atendimentos e visitas domiciliares compartilhadas,
dentre outras. CONCLUSÃO: Ressalta-se por fim, a relevância do fluxograma analisar como disparador de processos e reflexões no
contexto de trabalho, possibilitando uma melhor consciência das ações realizadas pelas equipes no cotiano e colaborando efetivamente
com os processos de comunicação que tanto melhoram os fluxos organizacionais da unidade, como facilitam o cuidado do usuário na rede
de saúde.