Page 458 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
No Meio do Caminho Tinha uma Pedra, Juntei as Pedras no Meio do Caminho e Construí Meu Castelo: O Relato de Experiência do
Acompanhamento Terapêutico na Escola
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 022.011.013-10 LUIZA MICHEL COTY TABAJARA E CBOARLÉRGOISOCCAARNTAARXINOHDOE
x 025.135.593-47 RAFAEL AYRES DE QUEIROZ CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICHRISTUS
Resumo
INTRODUÇÃO: A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (1971), a Declaração de Salamanca (1994) e a Convenção
Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que foi incorporada pela legislação brasileira em 2009, foram marcos
históricos relevantes acerca dos direitos, valores, combate à discriminação das pessoas com necessidades específicas, tais marcos dão
início a ressignificação da deficiência visualizando-a não apenas como pedra de tropeço, mas possibilitando o vislumbramento de suas
potencialidades. O papel do acompanhante terapêutico na escola é de possibilitar uma extensão dos braços do professor e da
comunidade escolar para que o processo de inclusão seja efetivado. Buscando o desenvolvimento das potencialidades desses
alunos e sua possibilidade de inclusão o relato de experiência almeja que isso seja percebido. OBJETIVO: Facilitar o processo de
inclusão de crianças com necessidades específicas. METODOLOGIA: A atuação do acompanhante terapêutico em que foi
baseado o relato de experiência ocorre em uma escola particular da cidade de Fortaleza no ano de 2018 durante a rotina de sala de aula da
educação infantil, onde o acompanhante é auxiliado pela equipe de psicologia da escola e atua em conjunto com o professor de sala
buscando mediar o aluno dentro de suas potencialidades no envolvimento com a comunidade escolar, nas atividades propostas para o
grupo, nos momentos de socialização, internalização da rotina escolar e de formas de convivência. RESULTADOS: O
acompanhante terapêutico pode ser considerado como ferramente estratégica na modalidade de tecnologia em promoção da
saúde na comunidade escolar, pois em sua práxis desenvolve atividades de acompanhamento e facilitação da rotina escolar
utilizando da ludoterapia, participação ativa, mediação considerando a Zona de Desenvolvimento Proximal(VYGOTSKY 1989) de
cada criança. Assim há possibilidade de concretizar aspectos que vão além dos cognitivos, mas perpassa a socialização, a garantia de
autonomia, de melhor qualidade de vida e consequente promoção da saúde. CONCLUSÃO: Podemos concluir que a atuação do
acompanhante terapêutico durante a rotina escolar de um aluno com necessidades específicas pode contribuir para uma inclusão mais
realista desse aluno, além de atuar como uma tecnologia do cuidado em saúde mental para toda a comunidade escolar, e particularmente
na vida deste aluno. É um tema que deve ser aprofundado e explorado para possibilitar mudança de paradigmas.