Page 459 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Nós vamos pegar no seu pé: ações de prevenção do pé diabético - Relato de experiência
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 049.839.823-45 Anne Caroline Ferreira Queiroga Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
066.724.913-33 Suzanne Rodrigues dos Santos Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
622.570.053-68 Natasha Marques Frota Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
610.704.013-74 Ana Carolina Correia Sales Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
658.563.503-59 Vivian Saraiva Veras Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Resumo
INTRODUÇÃO: o pé diabético é caracterizado pela associação de neuropatias e vasculopatias periféricas, presença de infecção e/ou
destruição de tecidos. No Brasil, estima-se que existam cerca de 484.500 úlceras diabéticas as quais irão contribuir com 169.600 novas
internações hospitalares, onde 21.700 evoluirão para óbito. Têm-se como itens essenciais para prevenção deste agravo a educação
destinada a indivíduos com diabetes a partir da atuação da equipe de atenção primária e terciária à saúde. OBJETIVO: relatar a
experiência da implementação de um consultório de enfermagem destinado ao rastreio e prevenção do pé diabético.
METODOLOGIA: estudo descritivo em formato de relato de experiência. O consultório foi desenvolvido para atender indivíduos com
diabetes mellitus que apresentam pé de risco e são acompanhados na atenção primária em Redenção-CE, a partir da parceria entre
docentes e discentes do curso de enfermagem, discentes de mestrado de enfermagem de uma universidade federal e
coordenação da atenção básica local. Para sua desenvolvimento e implementação, realizou-se um capacitação com os (as) Agentes
Comunitários (as) de Saúde, a fim de treiná-los quanto os aspectos relacionados ao pé diabético (fatores e sinais de risco), a importância de
sua prevenção e a atuação dos ACS no rastreamento desta complicação, garantindo o encaminhamento correto de usuários e o fluxo de
atendimento. Foi construído e validade um protocolo de atendimento, tendo como referência o Sistema Salvando o Pé Diabético
(SISPED) e as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes, contendo dados gerais dos usuários, histórico de risco de
lesões nos pés e exame dos pés (inspeção, avaliação da escala de sinais e sintomas neuropáticos, avaliação da sensibilidade
protetora plantas e avaliação vascular). RESULTADOS: os ACS foram peças fundamentais para captação de indivíduos, tendo
em vista, o número expressivo de encaminhamentos, contribuindo para diminuição do número de casos desta complicação. Os
usuários avaliados apresentavam pouco conhecimento sobre sua doença, seu tratamento, suas complicações e medidas preventivas
relacionadas ao pé diabético. CONCLUSÃO: a contribuição do ACS é de grande valia para rastreamento e prevenção do pé diabético. É
necessário uma intensificação na realização do rastreio e da educação em saúde destinada a esta população.