Page 463 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
O CONSTRUIR COLETIVO DE UM TERRITÓRIO NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 001.710.163-86 RIANNA NARGILLA SILVA NOBRE SECRETARIA DE SAÚDE DE BANABUIÚ
567.674.123-68 REGIA CARLA NOGUEIRA ESGOVERNO MUNICIPAL DE BANABUIÚ
436.735.703-15 Maria Rocineide Ferreira da Silva UECE
021.944.763-26 Kassia Carneiro Pinheiro Alves Governo Municipal de Banabuiú
051.806.073-02 EVELINE MONTEIRO LIMA GOVERNO MUNICIPAL DE BANABUIÚ
154.910.723-20 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA GOVERNO MUNICIPAL DE BANABUIÚ
972.544.103-63 Marcos Antonio Vandega Lopes Governo Municipal de Banabuiú
Resumo
A territorialização é uma ferramenta fundamental para o planejamento das ações em saúde, pois identifica aspectos ambientais,
sociais, demográficos, econômicos e os maiores problemas de saúde da população de um determinado espaço geográfico,
proporcionando o desenvolvimento de intervenções epidemiológicas e ações voltadas às necessidades da comunidade, que deve
ser coparticipante no processo saúde-doença, sendo também uma metodologia capaz de operar mudanças no modelo assistencial e
nas práticas sanitárias vigentes, desenhando novas configurações loco-regional, baseando-se no reconhecimento e esquadrinhamento do
território, segundo a lógica das relações entre ambiente e condições de vida. A educação popular, política institucionalizada no sistema
único de saúde, pode tornar o usuário protagonista do cuidado, numa posição que pode ser orientada para a emancipação, num
ideário de fazer saúde de maneira integral, sendo potencializadora de mecanismos de escuta para apreender demandas e opiniões acerca
dos processos de saúde. A responsabilidade dos usuários e trabalhadores é necessária, como estratégia de construir práticas
educativas, intensificando a participação popular na perspectiva democratizante de políticas públicas. Trata-se de um relato de
experiência, desenvolvido a partir de uma vivência educativa, como parte das oficinas de territorialização de um município do sertão
central cearense, no mês de março de 2018, tendo como participantes: gestão, profissionais de saúde da estratégia saúde da família,
núcleo de apoio ao saúde da família, lideranças comunitárias e usuários. A vivência educativa foi dividida em três (03) momentos: 1.
Caminhada pelas principais ruas da cidade, usando recursos auditivos e visuais, possibilitando a problematização, propondo uma
leitura e análise crítica da realidade; 2. Divulgação do território em saúde, construído a partir do olhar dos profissionais sob a
perspectiva da educação popular em saúde, incentivando o protagonismo popular no enfrentamento dos determinantes e
condicionantes sociais de saúde; 3. Uso da roda e de cantigas populares como resgate da cultura local, reconhecendo e
valorizando as culturas populares. Observou-se a importância de construir práticas educativas comprometidas com os princípios
de cidadania e democracia, reconhecendo a territorialização como um processo de gestão descentralizada e participativa.