Page 956 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
As ações de Vigilância Sanitária e o Comercio Ambulante de Alimentos em eventos de massa
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 017.634.523-01 MOARA GOYA KUMASAKA DE SOUSA CEVISA/ COVIS/ Secretaria Municipal de Saúde
790.485.443-00 Larissa Pereira Aguiar Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará
Resumo
Os eventos de massa (EM) são caracterizados pela aglomeração de pessoas em um local específico. Considerando a oferta de
alimentos comercializados nesses eventos, por vendedores ambulantes, e a necessidade do gerenciamento de risco à saúde, são
realizadas ações de vigilância sanitária. Assim, nesta pesquisa, objetivou-se analisar as ações de vigilância sanitária realizadas nos
EM em relação ao comércio ambulante de alimentos. Desenvolveu-se um estudo exploratório, documental, com abordagem
quantitativa, compreendendo o pré-carnaval e carnaval de rua de Fortaleza dos anos de 2015 e 2016, em locais específicos das
Secretarias Regionais II (SER II) e do Centro (SERCE). Como amostra de pesquisa utilizou-se as barracas fixas que vendiam alimentos
(Lanches), cadastradas pela SER II e SERCE, perfazendo um total de 130 e 230, respectivamente. As informações do objeto em estudo
foram constituídas por meio de fonte secundária, oriunda da Célula de Vigilância Sanitária de Fortaleza. As ações de vigilância sanitária
foram descritas e analisadas, considerando-se o que é estabelecido pelas normas sanitárias. As não conformidades encontradas, pela
fiscalização sanitária, foram nominadas, quantificadas, representadas por meio de gráficos e analisadas conforme a frequência de sua
ocorrência, por ano e localização, bem como, segundo as legislações sanitárias de EM e boas práticas para serviços de alimentação. os
risco sanitários foram, assim, identificados. Observou-se que nos anos de 2015 e 2016, a utilização de matérias-primas e ingredientes sem
origem comprovada foi a principal não conformidade encontrada nas barracas localizadas na SER II ( 7,5% e 12%) e SERCE (6,0% e
4,6%). Foi observado, ainda que o percentual de barracas que apresentaram não conformidades e o quantitativo de não
conformidades verificadas eram menores quando os vendedores recebiam capacitação pela Vigilância Sanitária Municipal. Conclui-se
que as não conformidades verificadas são fatores de risco para a ocorrência de surto de doenças transmitidas por alimentos e podem
provocar agravos à saúde da população durante esses eventos, sendo as ações de vigilância sanitárias realizadas no EM de grande
relevância para o controle e minimização dos risco sanitários associados ao comercio ambulante de alimentos. Nessa perspectiva,
sugere-se tornar-se as capacitações dos vendedores ambulante como obrigatórias para o licenciamento em EM.

