Page 115 - ASAS PARA O BRASIL
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O casal ele mesmo estava no “fim da linha”. Fizeram alguns “barracos”, sua
                  namorada queria dançar no carnaval do vilarejo e ele não queria.

                     No ano seguinte, o Eric mão-de-vaca nos convidou para jantar no melhor
                  restaurante da cidade de Chinon, na região de Eure-et-Loire. Na hora de

                  pagar, ele tinha esquecido o seu cartão de crédito. Surpreendente! Ele vive
                  atualmente na África e ele admirava muito a beleza das árvores plantadas
                  na chácara.

                  Eu acho que ele queria fazer a mesma coisa em Salies no Senegal onde
                  achamos que ele ainda se encontra retirado.


                  Um  pintor-cabelereiro  de  Paris,  com  um  jeito  simpático  (ou  era  um
                  cabelereiro pintor?) Que se dizia muito interessado pela compra se auto
                  convidou e não manifestou nem um sinal de que iria embora.

                  Eu tive que convencê-lo de sumir já que não éramos nem um hotel, nem a

                  casa de Deus. Um tempo depois, ele teve a ousadia de reaparecer na frente
                  do nosso portão sem aviso prévio. Desta vez, a escala foi curta e rápida.

                  Tivemos  também  um  casal  franco-americano  de  Los  Angeles  adoráveis.
                  Viajamos com eles até a Bahia.

                     O pior de todos foi um francês de origem russa que já tinha faltado a um

                  encontro. Quando eu quis indicar o caminho para chegar até a propriedade,
                  ele me respondeu que não valia a pena e disse: “Já visitei a África”! Um ano
                  depois, ele reapareceu, depois de dar muitas voltas de carro, acompanhado
                  por pessoas sórdidas e miseráveis.

                  Um casal da região de Picardia que trabalhava no setor imobiliário achou
                  uma maneira de passar férias de graça.  Eles se incrustaram mais de oito
                  dias fingindo serem futuros compradores e foram embora em função da

                  data da passagem de volta do voo.

                  Não  mantivemos  o  contato,  mas  eles  com  certeza  guardaram  boas
                  lembranças!


                  E depois, foi a vez da África se meter no assunto.

                  Recebemos um e-mail de um comprador aparentemente interessado que
                  queria se mudar rapidamente para o Brasil com a sua família.

                  Surpreendente para um africano!


                  Ele  nos  propunha  um  pagamento  imediato  com  a  condição  de  que
                  pagássemos a taxa de câmbio fiscal do Banco Central da Costa do Marfim.
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