Page 76 - ASAS PARA O BRASIL
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O elefantinho pertencia ao Lorde e morava na ilha onde, no dia
anterior, foi pintado de rosa para uma festa privada.
O jovem paquiderme foi admiravelmente adestrado, ou talvez, fosse dotado
de um forte erotismo humano? Ele era mimado e adorado por todos, e o
Lorde com o qual o Bernard tomava um Pommard delicioso (recuperado, junto com
o resto da adega, por mergulhadores da Royal Navy nos destroços do navio Antilles e pelo qual o bom Lorde tinha sido
generosamente indenizado pelos “danos causados na sua ilha”?) E me fez a demonstração.
Se uma jovem e bela moça quisesse acariciar o gentil babar, ou dar-lhe
amendoins, ele se desengonçava um pouco mais e com uma trombada
grácil, retirava o pareô ou o sutiã da donzela. O lorde havia vencido muitas
apostas com esta brincadeira!
Para terminar com a American Express, bem mais tarde, no avião de volta
de uma viagem de preparação de um Congresso na Coréia, eu li no jornal a
notícia da prisão do novo presidente da American Express França com
nome à consonância hispânica por tráfico de drogas. Minhas primeiras
impressões sobre a companhia estavam confirmadas.
Eu conheci Ushuaia do lado argentino
(onde, tirando a badalação midiática
do nome do programa do canal TF1,
não tem nada demais senão o fato de
encontrar-se perto do Polo Sul) para
organizar em 1991 o Congresso
Mundial do petróleo em Buenos Aires,
assim como os de Pequim em 1997 e
Rio em 2002 – estes dois últimos
eventos como freelance. Parede da China, eu e os organizadores 1997
Geleira Perito Moreno, Argentina
Alguns anos mais tarde, pude realizar um sonho: ver as auroras boreais que
podem durar muitas horas. Sorte a minha, um amigo da companhia aérea
SAS me convidou para uma viagem de pesquisa na Noruega, em Alta, que
se encontra a 200 km do Cabo Norte.