Page 77 - ASAS PARA O BRASIL
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Foi a primeira e última vez que subia numa moto neve.

                  Eis  o  porquê:  No  começo  da  excursão,  quando  estava  sentado  na  parte
                  traseira desta máquina, o cabo do acelerador ficou preso ao arranque.


                  O piloto não conseguiu controlar a arrancada fulgurante e fomos expelidos
                  em alta velocidade em um lago gelado que estava situado a cinco metros
                  mais abaixo.

                  Se o meu piloto conseguiu se segurar no guidom, eu voei e cai brutalmente

                  de viés, sobre um músculo adutor da coxa! AI! Muito doloroso.

                  Trouxeram-me de volta coberto por uma pele de animal, num trenó puxado
                  por uma rena. Guardo uma lembrança inesquecível desta planície nevada
                  sob um céu azul escuro. O frio pode chegar aos 30 graus negativos sob esse
                  paralelo.


                  Durante a volta, para não sofrer muito, eu colocava neve dentro das minhas
                  calças. Um excelente anti-inflamatório.

                  Como  consolação,  eu  assisti  a  esses  espectros  de  fumaça  verde  que
                  ondulam e oscilam por cima de nossas cabeças cada vez mais rápidos e que
                  se vestem finalmente das cores rosa e roxo.



























                  Em 1992, a Ministra do Meio Ambiente da época, a mesma que a de hoje
                  (2016), me chamou até o seu escritório no distrito XVI de Paris, ciente da
                  minha  experiência  no  mercado  brasileiro  de  organização  de  congressos
                  internacionais.  A comitiva francesa composta por mais de uma centena de

                  personalidades, não tinha conseguido obter suítes para ser hospedada já
                  que os serviços do ministério agiram tarde demais como de praxe, talvez
                  pensando que fosse um país imprescindível e único no planeta.
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