Page 35 - Trabalho do Ir.`. Ap.´. Prof. VALDINEI GARCIA
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O  Irmão  Joaquim  Roberto  Pinto  Cortez  disse o  seguinte:  “Um  aspecto  bastante  difícil  de  ser
            explicado  é  o  fato  de  que  nossos  Templos  sejam  colocados  como  réplicas  do  „Templo  de
            Salomão‟. Sabemos que a existência de um templo, como nós conhecemos hoje é coisa bastante
            recente.”

            Os Irmãos Eleutério Nicolau da Conceição e Walter Celso de Lima, assim dispuseram em seu
            livro: “O templo maçônico não é a réplica do antigo Santuário hebreu, apenas faz referências
            simbólicas  àquele  edifício.  Se  assim  fosse,  seria  necessário  retirar  do  interior  do  templo
            maçônico todos os outros elementos que não tivessem correlatos no Templo de Salomão.

            Assim, seriam retirados o mar de  bronze  (presente em alguns ritos),  pois este ficava  fora, à
            direita da entrada do templo; o altar dos juramentos, equivalente ao altar dos sacrifícios, que
            também  ficava  fora  do  Templo;os  tronos  do  Venerável  e  dos  Vigilantes,  que  não  existiam
            (Salomão nunca teve um trono no interior do Templo), todos os outros assentos, como também
            decoração de colunas zodiacais (existente no REAA), inexistentes naquele Templo e, por último,
            todos os maçons que não fossem judeus, pois só filhos desse povo podiam entrar no Templo de
            Jerusalém.  A  simbologia  maçônica  foi  buscar  referências,  além  do  Templo  de  Salomão,  na
            cultura Greco-romana (ordens de arquitetura), mesopotâmica e judaica (pavimento mosaico),
            parlamento britânico, (posição dos obreiros em duas colunas norte e sul) e igrejas medievais. É
            da composição de todas essas influências que surgiu o edifício maçônico, não apenas do Templo
            de Jerusalém. Assim , todos os símbolos maçônicos estão bem colocados no interior do templo,
            seguindo  a  prescrição  tradicional  de  cada  rito,  independentemente  de  seu  posicionamento
            original                 no                 Templo                   de                 Salomão.”

            A        COLUNA          DE        NUVEM          E       A       COLUNA          DE        FOGO

            Os  estudiosos  estão  convictos  que  há  pontos  enigmáticos  ainda  em  relação  aos  significados
            religiosos das colunas. A verdade é que eram consideradas sagradas, e se estavam no Templo
            de         Salomão,        deveriam          estar        relacionadas         à       divindade.

            No Templo de Salomão, no seu palácio, em Jerusalém, as colunas foram bastante utilizadas.

            Consta que em seu palácio havia o Salão das Colunas, que era como uma espécie de pórtico com
            colunas (I Reis 7,6). As colunas gêmeas Jaquim e Boaz, como estavam do lado de fora do Templo
            de Jerusalém, talvez servisse para a sustentação da arquitrave do vestíbulo da entrada, assim
            como,  podem  ter  sido  colunas  memoriais,  e  sendo  assim  nada  sustentavam,  mas,  fazendo  o
            povo de Israel manter as lembranças das colunas de nuvem e fogo que guiaram o povo de Israel
            quando             em             sua            peregrinação             pelo            deserto.
            Foi  citada  logo  após  o  título  do  presente  trabalho  e  oriunda  da  tradição  bíblica  também  a
            relação das colunas B e J com as colunas que acompanharam, digamos assim, os israelitas pelo
            deserto.

            O  Irmão  Arony  Natividade  da  Costa  refere-se  a  essa  possibilidade  em  trabalho  de  sua  lavra
            quando diz: “O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem e de noite numa
            coluna de fogo para guiá-los pelo caminho, de dia e de noite. A coluna de nuvem, e a coluna de
            fogo, de dia e de noite, nunca se afastaram do povo; numa demonstração clara e evidente de
            que Deus amparava o seu povo, os israelitas. (...) Então a coluna de nuvem se retirou de diante
            deles,  e  se  pôs  atrás.  Assim  a  coluna  de  nuvem  era  escuridão  para  os  egípcios  e  para  os
            israelitas clareava a noite, de sorte que, durante toda a noite, estes e aqueles não pudessem



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