Page 111 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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Peter se pôs de pé no mesmo instante.
— Quem é você? Como entrou aqui?
— Eu conheci seu filhinho, Zachary, na prisão. Ele me disse onde esta chave aqui ficava
escondida. — O desconhecido ergueu uma velha chave e sorriu como Uma besta-fera. — Pouco antes
de eu espancá-lo até a morte.
Peter ficou de queixo caído.
O homem sacou uma pistola e apontou-a em cheio para o peito de Peter.
— Sentado.
Ele se sentou de volta na cadeira.
Quando o homem chegou mais perto, Katherine ficou petrificada. Por trás do gorro, seus olhos
eram tão ferinos quanto os de um animal raivoso.
— Ei! berrou Peter, como se estivesse tentando alertar sua mãe lá na cozinha. — Eu não sei
quem você é, mas pegue o que quiser e vá embora!
O homem continuou mirando o peito de Peter com a arma.
— E o que você acha que eu quero?
— É só me dizer quanto — disse Solomon. — Não temos dinheiro em casa, mas eu posso...
O monstro riu.
— Não me ofenda. Eu não vim atrás de dinheiro. Vim aqui buscar a outra coisa que pertence a
Zachary por direito. — Ele deu uma estranha risada. — Ele me falou sobre a pirâmide.
Pirâmide?, pensou Katherine, desnorteada. Que pirâmide?
Seu irmão assumiu um tom desafiador.
— Eu não sei do que você está falando.
— Não banque o inocente comigo! Zachary me disse o que você guarda no cofre do escritório.
Eu quero o que está lá dentro. Agora.
— Não sei o que Zachary contou a você, mas ele se confundiu — disse Peter.
— Realmente não sei do que você está falando!
— Ah, não? — O intruso se virou, apontando a arma para o rosto de Katherine. — E agora?
Os olhos de Peter se encheram de terror.
— Você precisa acreditar em mim! Eu não sei o que quer!
— Se mentir para mim outra vez — disse ele, ainda apontando a arma para Katherine —, eu juro
que acabo com ela. — Ele sorriu. — E, pelo que Zachary me disse, sua irmãzinha é mais preciosa para
você do que todos os seus...
— O que está acontecendo aqui? — gritou a mãe de Katherine, marchando jardim de inverno
adentro com a espingarda Browning Citori de Peter em punho e mirando-a bem no peito do homem. O
intruso girou o corpo na sua direção e a enérgica mulher de 75 anos não perdeu tempos disparando
uma rajada ensurdecedora de chumbinho. O intruso cambaleou para trás, atirando a esmo em todas as
direções ao varar as portas de vidro, deixando a pistola cair no chão.
Peter não titubeou, mergulhando imediatamente em direção à arma. Katherine estava caída no
chão, e a Sra. Solomon correu até ela, ajoelhando-se ao seu lado.
— Meu Deus, você está ferida?
Katherine fez que não com a cabeça, muda de choque. Do lado de fora da porta estilhaçada, o
homem mascarado tinha se levantado aos tropeços e agora corria em direção à mata, pressionando a
lateral do corpo. Peter Solomon ainda olhou para trás para se certificar de que a mãe e a irmã estavam
seguras e, ao ver que ambas estavam bem, empunhou a pistola e saiu correndo no encalço do intruso.
A mãe de Katherine segurou sua mão, tremendo.
— Graças a Deus você está bem. — Então, de repente, ela se afastou da filha.
— Katherine? Você está sangrando! Isto é sangue! Você está ferida!
Katherine viu o sangue. Muito sangue. Ela estava coberta com ele. Mas não sentia dor
nenhuma.
Frenética, sua mãe vasculhou o corpo de Katherine em busca de um ferimento.
— Onde é que está doendo?
— Não sei, mãe, eu não estou sentindo nada!
Foi então que Katherine viu a origem do sangue e ficou gelada.
— Mãe, não sou eu... — Ela apontou para a lateral da blusa de cetim da mãe, de onde o sangue
escorria aos borbotões por um pequeno buraco. A mãe olhou para baixo, parecendo mais confusa do
que qualquer outra coisa. Então fez uma careta, encolhendo-se como se a dor houvesse acabado de
atingi-la.
— Katherine? — Sua voz estava calma, mas de repente carregava todo o peso de seus 75 anos.
— Preciso que você chame uma ambulância.