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O  condutor  assentiu,  parecendo  assustado.  Depois,  desceu  do  trem,  fechou  a  porta  e
          acompanhou Simkins e seus homens até o primeiro vagão, abrindo a porta manualmente.
                 —  Tranque  depois  que  nós  passarmos  —  falou  Simkins,  sacando  a  arma  e  entrando
          rapidamente com seus homens.
                 O  primeiro  vagão  continha  apenas  quatro  passageiros  —  três  rapazes  adolescentes  e  uma
          senhora  de  idade  —  e  todos  pareceram  compreensivelmente  surpresos  ao  verem  três  homens
          armados. Simkins ergueu o distintivo.
                 — Está tudo bem. Só continuem sentados.
                 Simkins e os outros começaram a busca, vasculhando vagão por vagão rumo ao final do trem —
          “apertando a pasta de dente”, como se dizia na CIA. Havia poucos passageiros naquele trem e, depois
          de cruzarem metade do caminho, os agentes ainda não tinham visto ninguém remotamente parecido
          com a descrição de Robert Langdon e Katherine Solomon. Ainda assim, Simkins continuava confiante.
          Não havia esconderijo possível dentro de uma composição do metrô. Nada de banheiros, vagões de
          carga ou saídas alternativas. Ainda que os alvos os tivessem visto subir no trem e houvessem fugido
          para a outra ponta, não havia como sair. Forçar uma das portas era quase impossível e, de toda forma,
          Simkins tinha homens vigiando a plataforma de ambos os lados.
                 Paciência.
                 Entretanto, quando chegou ao penúltimo vagão, Simkins já estava ansioso. Havia apenas um
          passageiro ali, um chinês. Simkins e seus agentes seguiram adiante, procurando algum lugar onde uma
          pessoa pudesse se esconder. Não existia nenhum.
                 — Último vagão — disse Simkins, empunhando a arma enquanto os três avançavam em direção
          ao limiar do único compartimento que restava. Ao entrarem no último carro, todos os três estacaram na
          mesma hora, vidrados.
                 Mas que...? Simkins correu até o final do vagão deserto, procurando atrás de todos os bancos.
          Virou-se para seus homens com o sangue fervendo nas veias.
                 — Onde é que eles foram parar, cacete?





          CAPÍTULO 79


                 Treze  quilômetros  ao  norte  de  Alexandria,  Robert  Langdon  e  Katherine  atravessavam
          calmamente uma vasta extensão de grama coberta de gelo.
                 — Você deveria ser atriz — comentou Langdon, ainda impressionado com o raciocínio rápido e a
          capacidade de improvisação de Katherine.
                 — Você também não se saiu nada mal. — Ela abriu um sorriso.
                 No início, Langdon não entendeu o súbito ataque de Katherine no táxi. Sem aviso nenhum, ela
          de repente tinha exigido que fossem até a Freedom Plaza com base em algum tipo de revelação sobre
          uma  estrela  judaica  e  o  Grande  Selo  dos  Estados  Unidos.  Desenhou  numa  nota  de  um  dólar  um
          símbolo frequentemente usado por defensores de teorias da conspiração e depois insistiu que Langdon
          olhasse com atenção para onde ela estava apontando.
                 Langdon por fim percebeu que Katherine estava apontando não para a nota de um dólar, mas
          para uma diminuta luzinha na traseira do banco do motorista. A lâmpada estava tão coberta de sujeira
          que ele sequer a notara. No entanto, ao se inclinar para a frente, pôde ver que ela estava acesa e emitia
          um tênue brilho vermelho. Viu também as duas palavras apagadas escritas logo abaixo da luz.
                 INTERFONE LIGADO
                 Alarmado, Langdon virou para Katherine e viu o desespero em seus olhos ao indicar o banco da
          frente.  Ele  espiou  discretamente  através  da  divisória:  o  celular  do  taxista  estava  em cima  do  painel,
          aberto, iluminado e virado para o alto-falante do interfone. Um segundo depois, Langdon entendeu o
          estranho comportamento de Katherine.
                 Eles sabem que nós estamos neste táxi... e estão nos escutando.
                 Langdon não fazia ideia de quanto tempo tinham antes de o táxi ser detido e cercado, mas sabia
          que  precisavam  agir  depressa.  Na  mesma  hora,  entrou  no  jogo  dela,  percebendo  que  o  motivo  de
          Katherine querer ir até a Freedom Plaza não tinha nada a ver com a pirâmide, mas sim com o fato de lá
          haver uma grande estação do metrô, a estação de Metro Center, na qual eles podiam pegar as linhas
          vermelha, azul ou laranja em seis direções diferentes.
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