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funcionamento das empresas é necessário cumprirem-se determinados princípios éticos,
há ainda quem perore que a gestão deve ter em conta o interesse dos accionistas e,
finalmente, alguns autores aludem que deve haver um princípio de equilibrio e de
direitos das várias partes interessadas (Rego et al, 2007b).
A presença da ética empresarial no ensino superior motivou também um olhar
atento. Efectivamente, algumas instituições de ensino superior, nomeadamente
portuguesas, ofererecem cursos e disciplinas de pós-graduação e mestrado com temas
ligados à etica e à responsabilidade social. No entanto, a crescente oferta de cursos de
ética não reúne consenso acerca da sua valia e eficácia (Rego et al., 2007b). Segundo os
autores analisados, existem motivos para se admitir que o comportamento dos
indivíduos é determinado pelo contexto organizativo em que estão inseridos.
Os códigos de ética podem ser um fonte de orientação, um instrumento válido
para a descoberta da identidade empresarial e para reforçar a cultura da empresa.
Contudo, a especificidade pode originar rigidez (Rego et al, 2007b) e a existência do
código não garante que a empresa seja ética (Moreira, 2008).
Um código de ética passa por várias etapas (conteúdos, criação, implementação
e aplicação) que merecem mais atenção do que o próprio código.
Constatou-se que a RSE tem sido alvo de intensa controvérsia, devido ao facto
de não haver consenso nos fundamentos utilizados e o mesmo conceito é usado para
diferentes significados. Um dos contributos mais relevantes para esta discussão foi
apresentado por Garriga & Melé (2004) que apresentam quatro grandes tipos de teorias
e abordagens: instrumentais, políticas, integrativas e éticas. As instrumentais de um
modo geral são vistas como uma ferramenta estratégica para atingir os objectivos
económicos e, em última, da criação de riqueza; as políticas abordam as interacções e
ligações entre as empresas e a sociedade; as integrativas analisam a forma como as
empresas integram as exigências sociais, argumentando que a empresa depende da
sociedade para a sua existência, continuidade e crescimento e as éticas dizem respeito
ao cumprimento de princípio éticos por parte das empresas.
A função dos instrumentos de RSE é a criação de níveis mínimos de
desempenho. Eles ajudam as empresas a medir os seus processos e sistemas e
consequentemente os seus impactos. Analisou-se as normas SA8000 e AA1000. A
norma SA8000 incide sobre as condições de emprego e trabalho e não se orienta pelo
princípio da inclusividade de todas as partes interessadas. Ao passo que o processo de
comunicação é mais pormenorizado na norma AA1000, além disso a norma AA1000
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