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O  RRS  2008  contempla  ainda  alguns  indicadores  (colaboradores,  clientes)  já

                  apresentados nos relatórios anteriores, notas metodológicas e a tabela GRI.
                      Em suma, os sucessivos relatórios revelam que o grupo procura envolver as partes

                  interessadas no sistema de gestão de responsabilidade social, embora as suas opiniões,

                  principalmente as externas, mereçam um espaço reduzido no relatório (ao contrário da
                  edição de 2007, o RRS de 2008 não disponibiliza espaço para o feedback das partes

                  interessadas). Merece alguma reflexão o facto de cerca de 1/3 dos colaboradores  e a
                  grande maioria dos fornecedores e clientes não ter conhecimento do RRS do grupo.

                      De igual modo, os relatórios indicam que há uma monitorização regular realizada
                  pela própria empresa (a nível interno e a fornecedores), o que permite corrigir eventuais

                  desvios  àquilo  que  estava  traçado.  No  mesmo  sentido, os  dados  indicam  que  há  um

                  Investimento  Socialmente  Responsável  (ISR)  na  Comunidade  através  do  Projecto
                  Humanitário Auchan. Externamente, há o reconhecimento de que o grupo dispõe de um

                  conjunto de boas práticas, como atestam os prémios recebidos.
                      Os  relatórios  aumentaram  de  volume,  mas  isso  não  se  traduziu  num  aumento  de

                  informação pertinente (o grupo mantém o nível B da Tabela de Auto-Verificação GRI),

                  mas numa espiral de auto-elogios que poderia ser evitada.
                      Por último, no seguimento daquilo que foi dito anteriormente, o relatório ganharia

                  qualidade se houvesse uma garantia externa aplicada ao relatório.
                  5.4. Desempenho Social

                         De  uma  forma  aligeirada,  procura-se  analisar  o  desempenho  social  do  grupo,

                  mais concretamente do seu comportamento em relação às partes interessadas internas:
                  os colaboradores, que muitas vezes são os menos beneficiados pelas políticas de RSE,

                  mas que apresentam dados consistentes para serem analisados. A análise foi realizada

                  recorrendo a alguns indicadores compilados em vários instrumentos.
                         No  quadro  seguinte  verifica-se  que,  no  período  em  análise,  a  maioria  dos

                  colaboradores são do género feminino. De 2007 a 2008 houve um aumento significativo

                  (4702>5300).  Por  outro  lado,  a  variação  masculina  tem  evoluido  de  uma  forma
                  comedida (2238>2413>2679).










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