Page 106 - [000783]_Neat
P. 106
A média de horas de formação por colaborador, por exemplo, entre 2006 e 2007,
aumentou mais do dobro (23>48). Contudo, em 2008, sofreu um ligeiro decréscimo
que, nos documentos analisados, não encontramos explicação para o facto. De igual
modo, impunha-se uma desagregação do indicador para se analisar quais os
colaboradores que, efectivamente, foram abrangidos pela formação, isto é, há uma
tendência de “priveligiar” os quadros com um maior tempo de formação,
nomeadamente académica, enquanto os colaboradores-base recebem formação
relacionada com o seu posto de trabalho e com menor carga horária, o que proporciona
uma média que não corresponde à realidade. Sobre a RSE, o RRS 2008 refere apenas
que houve um aumento de 94% nas horas de formação em relação a 2007. Segundo o
RRS desse ano, o número de horas de formação em RS foi de 15.667, o que, pelas
nossas contas, perfaz, em 2008, um valor de 30.393 horas de formação, ou seja, 3,80
por colaborador.
Quadro XIV: Média de horas de formação por colaborador
2006 2007 2008
23 48 36
Fonte: Adaptado de Companhia Portuguesa de Hipermercados (2009)
Analisando especificamente as horas de formação em saúde, higiene e segurança
no trabalho, verifica-se que o grupo, em 2007, disponibilizou 34.321 horas de formação,
no ano seguinte esse valor cairia para 20.326 horas de formação.
Quadro XV: Horas de formação em saúde, higiene e segurança no trabalho
2006 2007 2008
11.932 34.321 20.326
Fonte: Adaptado de Companhia Portuguesa de Hipermercados (2009)
Para terminar, o número de acidentes de trabalho na organização não tem sofrido
grandes oscilações, o que em parte terá contribuido a aposta na formação na área da
saúde, higiene e segurança no trabalho. Isto significa que, apesar do número de
colaboradores ter aumentado (vide Quadro XI), isso não se traduziu num aumento de
acidentes de trabalho.
106