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Nas  directivas  integradas,  citadas  pela  Comissão  das  Comunidades  Europeias

                  (2006), para o desenvolvimento e para o emprego (2005-2008), o Conselho recomendou
                  aos Estados-Membros que “deviam encorajar as empresas a desenvolver a RSE” (p. 4).

                  Também o Parlamento produziu algumas contribuições importantes para o debate sobre
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                  RSE, nas suas resoluções de 2002 e de 2003 . Assim, mantendo o espírito e as áreas
                  prioritárias  do  Relatório  do  Progresso  Anual  do  Desenvolvimento  e  do  Emprego  de

                  2006, a Comissão convida as empresas europeias a acelerarem o passo e a reforçarem o
                  seu compromisso em RSE. Ao fazê-lo, a Comissão pretende criar um ambiente mais

                  favorável para todos os actores em RSE e explorar com todas as partes interessadas o
                  potencial da RSE na contribuição para o desenvolvimento das sociedades europeias.

                         Assume-se que as práticas de  RSE  não são uma panaceia e sozinhas  não vão

                  contribuir  para  estes  resultados.  Não  são  um  susbstituto  para  a  política  pública,  mas
                  podem contribuir para vários objectivos da política pública, como:


                         - Mercados  de  trabalho  mais  integrados  e  elevados  níveis  de  inclusão  social,
                           quando  as  empresas  activamente  recrutarem  mais  pessoas  de  grupos

                           desfavorecidos;

                         - Investimento  no  desenvolvimento  dos  conhecimentos,  na  aprendizagem  ao

                           longo  da  vida  e  empregabilidade,  que  são  necessários  para  as  empresas
                           permanecerem  competitivas  na  economia  global  do  conhecimento  e

                           enfrentarem o envelhecimento da população activa na Europa.

                         - Melhoria  na  saúde  pública,  como  resultado  de  iniciativas  das  empresas  em

                           áreas como o marketing e rotulagem de alimentos e químicos não tóxicos.

                         - Melhor  inovação,  especialmente  inovações  que  têm  em  consideração

                           problemas  da  sociedade,  como  resultado  de  uma  mais  intensiva  interacção
                           com os parceiros externos e a criação de ambientes de trabalho que conduzem

                           à inovação.

                         - Uso mais racional dos recursos naturais e reduzidos níveis de poluição, graças

                           ao investimento em eco-inovação e à adopção voluntária de sistemas de gestão
                           ambiental e rotulagem.






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                    Vide P5_TA (2002)0278.
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                    Vide P5_TA (2003)0200.
                                                                                                     21
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