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P                                           VOCÊ NÃO É DEUS
          P





                                 "Ao Senhor teu Deus adorarás e somente a ele servirás."
                                                          Lucas 4:8



                   Chloe é  uma alma torturada. Ela se mortifica por qualquer coisa, constantemente
                  sente-se culpada e reduziu o contato humano na sua vida a uns poucos amigos que
                  raramente vê. Chloe quase não sai de casa porque tem medo de que possa
                  acontecer alguma coisa que arruíne       o seu dia, de modo que prefere não       deixar a
                  segurança do seu apartamento.
                  Chloe morre de medo de micróbios e passa uma enorme parte do dia ocupada em
                  livrar-se deles. Ela precisa certificar-se de que suas mãos estão limpas, lavando-as
                  repetidas vezes. Não convida ninguém para ir ao seu apartamento porque, se
                  alguém tocar em algum objeto seu, deixará micróbios nele e            ela será forçada a
                  limpá-lo repetidas vezes.
                  Chloe sofre de um distúrbio obsessivo compulsivo. Ela não percebe, mas os
                  micróbios não são o seu verdadeiro inimigo. Ela teve boas razões para sentir medo
                  muitas vezes, mas isso começou muito antes de ela pensar em micróbios. Chloe foi
                  criada como filha única em uma casa onde seus pais brigavam constantemente. Ela
                  consegue lembrar-se que chorou muitas noites até conseguir dormir, com um medo
                  terrível de que alguém se machucasse e seus pais acabassem se divorciando. Chloe
                  temia que o seu mundo fosse desmoronar e não tinha a menor idéia do que faria se
                  isso acontecesse. "Por favor, Deus", ela rezava todas as noites. "Prometo ser uma
                  boa menina pelo resto da vida se você fizer com que eles parem de brigar.”
                  Mas os pais de Chloe continuavam a brigar, de modo que com o tempo a menina
                  voltou-se para um mundo secreto de fantasia para lidar com o seu medo. Ela
                  imaginava que, se fizesse o percurso da escola até em casa sem pisar em nenhuma
                  rachadura na calçada, seus pais não discutiriam naquela noite. Às vezes, quando os
                  ouvia brigando, ela imaginava que, se pensasse com suficiente intensidade em uma
                  palavra específica, ela os faria parar. Como os pais de Chloe não a faziam sentir-se
                  segura, ela tinha que procurar segurança sozinha. Se não havia ninguém maior e
                  mais forte que ela em quem pudesse confiar, ela tinha então que confiar no
                  pensamento mágico da sua mente.
                  Infelizmente, a fantasia de Chloe de      que a sua mente possuía poderes mágicos
                  expandiu-se além da tentativa de fazer os pais pararem de brigar. Quando atingiu a
                  idade adulta, a fantasia havia se difundido para várias áreas da sua vida na tentativa
                  de criar uma sensação de segurança em um mundo cheio de ameaças. Hoje em dia,
                  a sua principal preocupação são os micróbios. Agora ela imagina que se seguir os
                  ditames da sua mente ficará a salvo dos perigos que os micróbios oferecem. Como
                  não podia confiar nos pais, e nem mesmo em Deus para protegê-la do mal, ela foi
                  obrigada a depositar a sua confiança no poder da própria mente.
                  Jesus ensinou que as pessoas, no seu desejo de segurança e proteção, precisam
                  ter consciência do amor de Deus. Idolatrar qualquer outra coisa simplesmente não
                  funciona. Precisamos sentir-nos protegidos, mas não podemos obter esse
                  sentimento sem que alguém maior do que nós esteja presente quando precisarmos.
                  Sob o aspecto psicológico, só podemos desenvolver a capacidade de nos acalmar
                  se tivermos tido em nossa vida alguém em quem podíamos confiar e admirar
                  durante a     nossa fase de desenvolvimento. Jesus queria que as pessoas
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