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P perdoar - ela mesma. Ela precisava aceitar-se e perdoar a si mesma por ressentir-se
P
de Sabrina, por desejar que os pais lhe tivessem dado mais do que ela recebera e
por ser a filha normal. Ela tinha que aceitar esses sentimentos como naturais e
descobrir que não somos culpados por aquilo que sentimos, mas pelos atos que
cometemos quando prejudicam os outros.
Para amar a si mesma e aos outros do jeito aberto e vulnerável que desejava,
Rebecca teria que remover o muro de culpa e ressentimento ao redor do seu
coração. Perdoar a si mesma era a única maneira de fazer isso.
A forma mais profunda de perdão é um processo de compreensão que exige esforço
e mudança interior. Para chegar a este ponto, é necessário um processo mais ou
menos longo. Quanto mais tomamos consciência de nossos sentimentos e os
entendemos, mais podemos mudar de idéia e mais profundamente somos capazes
de perdoar. Felizmente, Rebecca foi capaz de dedicar-se à terapia, e o processo de
perdoar a si mesma está caminhando bem. Exatamente como Jesus previu, existe
um poderoso relacionamento entre nos sentirmos perdoados e a capacidade de
amar. A pessoa que Rebecca precisava perdoar era ela mesma.
Jesus ensinou que o perdão é uma das ferramentas mais poderosas à disposição da
humanidade. Muitos subestimam a importância psicológica do perdão. A vida de
inúmeras pessoas foi transformada no decorrer da história humana por sentirem-se
aceitas e perdoadas. Além disso, Jesus também ensinou que o perdão beneficia
quem perdoa. O perdão remove os ressentimentos que nos impedem de desen-
volver nossa espiritualidade. Como Rebecca descobriu, a frase "aquele a quem
pouco se perdoa pouco ama" é especialmente verdadeira quando somos nós a
pessoa que precisa de perdão.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Existem ocasiões em que perdoar a nós mesmos é o
mais árduo ato de amor.
O AMOR POR SI MESMO
"Ama o teu próximo como a ti mesmo."
Mateus 22:39
Pierre tenta ser um exemplo positivo para seus alunos. "As crianças hoje em dia
precisam admirar alguém e eu levo a minha função de professor muito a sério neste
sentido", declarou ele, orgulhoso.
Eu admirava Pierre por dedicar a vida a ajudar crianças e o admirei ainda mais por
ele ter vindo fazer terapia quando essa dedicação começou a deixá-lo exausto.
"Eu sei que o meu trabalho com as crianças é realmente importante. Só preciso de
alguma ajuda para recuperar o entusiasmo. O pensamento negativo nos bloqueia",
disse-me ele depois de um seminário de aperfeiçoamento pessoal do qual
participara. "Só preciso imaginar que estou mais feliz para que isso se torne
realidade. Nós somos aquilo em que acreditamos.”