Page 96 - Microsoft Word - Mark.W.Baker-Jesus.o.maior.psicologo.que.ja.existiu[doc-re–
P. 96
P diferentes de Mary como uma oposição e um desafio a ele. Mary achava que Daniel
P
era crítico demais.
Mary respeitava Daniel por ele ser íntegro e fiel, mas mesmo assim queria que o
marido mudasse. Daniel amava Mary por sua compaixão e capacidade de
discernimento, mas considerava a recusa dela em prestar atenção aos detalhes um
defeito de caráter. Nem Mary nem Daniel gostavam de ter um cônjuge tão diferente
de si. Ambos eram de opinião que intimidade significava concordância, de modo que
questionavam o casamento baseados no fato de terem personalidades diferentes.
Tanto Mary quanto Daniel achavam que tinham cometido um erro ao se casar, mas
nenhum dos dois sabia o que fazer a respeito do problema.
Embora fosse mais difícil para Daniel, eles começaram a discutir menos quando
ambos modificaram a maneira como encaravam as diferenças entre eles. Ser
diferente não tinha que significar que algo estava errado; poderia também ser um
sinal de força no casamento. Daniel aprendeu por que "A corda tripla não se rompe
facilmente" (Eclesiastes 4:12) quando começou a perceber como as diferenças entre
eles poderiam atuar juntas para tornar a união mais forte. Começou a entender que
um vínculo formado pelo amor era sempre mais forte do que laços baseados na total
concordância. A harmonia no casamento de Daniel e Mary melhorou assim que eles
foram capazes de aplicar essa lição a si mesmos. À medida que Daniel e Mary co-
meçaram a apreciar suas diferenças, em vez de ressentir-se delas, eles continuaram
a discordar a respeito das coisas, mas essas divergências geraram menos
discussões.
Jesus ensinou que as características de cada pessoa como indivíduo são tão
importantes para Deus que este sabe o número "até mesmo de todos os fios de
cabelo da vossa cabeça". Jesus acreditava que cada um de nós possui
características únicas que enriquecem nossos relacionamentos com os outros. As
nossas personalidades distintas precisam ser apreciadas para que os nossos
relacionamentos sejam completos.
Algumas pessoas têm dificuldade em compreender isso. Elas acham que se
fizermos parte da mesma comunidade não poderemos ser diferentes em nada, ou
seja, precisamos andar, falar, nos vestir, agir e pensar da mesma maneira para fazer
parte do mesmo grupo. Jesus não pensava assim. Ele acreditava que os
relacionamentos mais fortes deixam espaço para as diferenças individuais entre as
pessoas. A nossa capacidade de conviver com essas diferenças é um sinal de
saúde espiritual e emocional. Na verdade, as pessoas que têm os relacionamentos
mais amadurecidos sentem prazer no fato de serem diferentes.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: As diferenças não precisam significar divergências.