Page 91 - Microsoft Word - Mark.W.Baker-Jesus.o.maior.psicologo.que.ja.existiu[doc-re–
P. 91

P                                               CAPÍTULO 9
          P





                                       Conhecendo a verdadeira humildade



                  Jesus contou também a seguinte parábola para alguns que confiavam em si
                  mesmos, tendo-se por justos e desprezando os outros: "Dois homens subiram ao
                  Templo para rezar; um era fariseu, o outro, um cobrador de impostos. O fariseu re-
                  zava, em pé, desta maneira: 'Ó Deus, eu te agradeço por não ser como os outros
                  homens, que são ladrões, injustos, adúlteros, nem mesmo como este cobrador de
                  impostos. Jejuo duas vezes por semana, pago o dízimo de tudo que possuo.' Mas o
                  cobrador de impostos, parado à distância, nem se atrevia a levantar os olhos para o
                  céu. Batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, pecador!' Eu vos digo:
                  Este voltou justificado para casa e não aquele. Porque todo aquele que se enaltece
                  será humilhado e quem se humilha será exaltado.”
                                                                                            Lucas: 18:9-14




                  Jesus criticava o amor-próprio excessivo porque acreditava que as pessoas que
                  aceitam depender de Deus e abrem mão da auto-suficiência alcançam a plenitude. É
                  preciso humildade para reconhecer que não somos Deus e saber que precisamos
                  nos relacionar com ele para sermos           espiritualmente completos. Essa mesma
                  humildade nos permite compreender que também necessitamos dos outros para
                  sermos emocionalmente completos. Deixamos de ser humildes e fingimos ser
                  superiores aos outros quando sentimos medo de admitir que temos necessidade
                  deles.
                  A tendência atual da psicologia também reconhece a importância de dependermos
                                                                                                   1
                  dos outros. Não somos unidades auto-suficientes e sim seres interligados.  O ponto
                  de partida para a plenitude espiritual e psicológica é a nossa necessidade de ter um
                  relacionamento com algo maior do que nós mesmos. A dependência saudável nos
                  relacionamentos produz pessoas saudáveis. Precisar dos outros nos torna mais
                  fortes e não carentes. Os seguidores de Jesus nunca se consideravam melhores do
                  que as outras pessoas pelo fato de precisarem delas para serem completos. Ao
                  contrário dos fariseus, temos que agradecer a Deus por sermos como as outras
                  pessoas, porque isso nos coloca no caminho para conhecer a plenitude.







                                   A GUERRA ENTRE A PSICOLOGIA E A RELIGIÃO



                    "Para alguns que confiavam em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os
                                                           outros...”
                                                          Lucas 18:9




                  Várias pessoas religiosas têm me procurado no decorrer dos anos para fazer
                  terapia. Em determinados casos, precisei ser muito cuidadoso devido ao preconceito
   86   87   88   89   90   91   92   93   94   95   96