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P delas contra a psicologia, mas acabei descobrindo algumas abordagens bastante
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proveitosas. Por desejar compartilhar o que aprendera com outros profissionais,
escrevi um artigo e submeti-o a uma famosa revista técnica na área da psicoterapia.
Fiquei consternado ao ser informado que o artigo tinha sido rejeitado. O editor da
publicação incluiu na carta que me enviou os comentários da pessoa que fez a
análise do meu artigo. Fiquei surpreso com os comentários, que eram concisos,
hostis e extremamente pejorativos. No final da análise, em que apaixonadamente
argumentava que o assunto em questão não era adequado a uma revista de psicolo-
gia, as frases estavam incompletas evidenciando a raiva de quem escrevera. Ficou
claro para mim que ele não tinha terminado de ler o meu artigo porque várias das
suas objeções haviam sido respondidas na parte final do meu texto.
Eu escrevera o artigo para ajudar os psicoterapeutas a entender os preconceitos dos
pacientes religiosos. No entanto, vários psicoterapeutas também estão precisando
de ajuda com relação aos seus próprios preconceitos contra a religião. A
necessidade de menosprezar aqueles que não compreendemos decorre de um
amor-próprio excessivo que prejudica a nossa própria saúde espiritual e psicológica.
O fato de o meu artigo ter sido rejeitado é irônico se levarmos em conta seu tema
central: podemos ser dogmáticos com relação à religião ou à psicologia, mas ao nos
considerarmos superiores aos outros e ao achar que não precisamos do que eles
têm a nos oferecer estamos causando um dano a nós mesmos. Meu artigo acabou
sendo publicado em uma revista de psicologia conhecida por interessar-se tanto pela
psicologia quanto pela religião. No entanto, não consegui deixar de pensar que os
leitores da primeira revista talvez fossem os que mais precisassem ler o que eu
estava tentando dizer.
O que Jesus criticava como excesso de amor-próprio a psicologia chama de
narcisismo, que acontece quando a pessoa tem uma visão grandiosa de si mesma
para defender-se das próprias imperfeições. O narcisismo prejudica o
relacionamento com os outros e cria uma barreira tanto para a saúde espiritual
quanto para a psicológica.
Algumas pessoas não acreditam que a psicologia e a religião sejam compatíveis,
chegando ao ponto de descrever as divergências entre elas como uma "guerra".
Quando a psicologia é excessivamente narcisista e não admite que a religião tenha
alguma coisa a oferecer para o entendimento do comportamento humano, ela é
culpada de um excesso de amor-próprio. Quando a religião tem um amor-próprio
exagerado e não admite que a psicologia tenha algo a oferecer para o entendimento
do coração e da mente humana, ela é culpada de narcisismo. Aqueles que são
suficientemente humildes para admitir que podem aprender com os outros sem os
desprezarem estão no caminho da saúde psicológica e espiritual à qual Jesus se
referiu.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A arrogância que nos leva a acreditar que somos
superiores aos outros tem origem no medo de sermos inferiores.