Page 42 - O vilarejo das flores
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—Ela não iria querer que você agisse assim.
        —Ela não iria deixar nossa vida assim. – Falava Francis com os olhos

        marejados. – Nunca falei isso para ninguém. – Ele olhou em volta
        como se quisesse tirar esses pensamentos da cabeça e estendeu a
        mão para ela – Venha!
        —O quê?

        —Vamos nadar? – convidou ele sorrindo.
        —Não. Pode ir você. – disse Aimeé receosa.
        —Por quê? Está com medo de mim?
        —Não é isso. - disse hesitante- Eu não sei nadar.

        —Eu te seguro.
        —Promete?
        —Prometo.
               Aimeé pegou a mão dele com receio. Não era só medo da

        profundidade, mas também dele. Não entendia esse forte magnetismo
        que ele exercia sobre ela.
               Francis a segurou pela cintura e a levou para uma parte mais
        funda da cachoeira. Aimeé agarrou no pescoço dele com medo.

        —Calma! – disse ele tranquilizando-a - Apenas solte o corpo e
        movimente braços e pernas.
        —Assim. – disse ela agitando os braços e as pernas. Seu medo
        era tanto que batia cada vez mais rápido e isso começou a cansá-

        la. Francis percebeu que ela estava afundando e foi pegá-la. No
        desespero por estar afundando ela agitou um dos braços que acabou
        acertando-o no rosto. Ela afundou e ele recuperado da bofetada,
        mergulhou e a trouxe para a margem. Ele a sentou na pedra para se

        recuperar. Aimeé tossia e tremia.
        —Viu? Eu disse que não sabia nadar. – disse recuperando o fôlego.
        —Você ficou nervosa e acabou se cansando. Mas foi a primeira vez.
        —Olha! Eu quase morri afogada. Nunca mais vou entrar lá. – disse

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