Page 38 - O vilarejo das flores
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—Sim. Por isso vou te encontrar lá. Você está bem?
—Estou. Só cansada do ensaio. – desconversou Aimeé.
—Você? Cansada? - admirou-se Bibiana – Você nunca fica cansada!
Ainda mais de dançar.
—Não é nada. Vou me arrumar e te encontro lá. – disse Aimeé
forçando ânimo.
Bibiana despediu-se e foi para casa. Aimeé voltou para casa
entristecida, mas fez o possível para ficar bem para sua mãe não
notar. Arrumaram-se e foram para casa de Sancler.
A casa de Sancler era grande e luxuosa. O pai de Sancler,
Manfred, era simples, mas a mãe, Ketelijn, ostentava riqueza e
gostava de manter as aparências.
Ketelijn era uma mulher orgulhosa e soberba. Tudo para
ela, era: “O que as pessoas vão pensar. O que vou vestir para me
destacar?” Se não fizessem o que ela queria, fazia um drama e entrava
em depressão.
Manfred fazia todas as suas vontades para vê-la bem. Mas
isso nunca era o suficiente.
Os convidados chegaram. O almoço foi servido. A conversa
corria descontraidamente. A sobremesa foi um bolo de três andares
magnificamente decorado. Na hora dos parabéns, Ketelijn deu um
ataque histérico lamentando que estivesse ficando velha. E como
sempre acontecera em todos os anos, a comemoração acabou com
ela aos prantos, subindo para o quarto, conduzida pelo marido.
Os convidados nem ligavam mais. Alguns iam por consideração a
Manfred que era um confeiteiro de mão cheia no vilarejo e todos
gostavam dele e de Sancler. Outros apenas iam para ter o que
comentar.
Aimeé e a mãe saíram no meio da tarde para casa. Brígida
percebendo a filha calada comentou:
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