Page 36 - O vilarejo das flores
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—Até amanhã. – despediu-se ela indo embora.
        —Até.

               Aimeé correu para casa. Entrou bem devagar. Sem ser vista
        foi direto para o banho. Desceu as escadas e encontrou com a mãe
        cozinhando.
        —Aimeé, onde esteve? - perguntou a mãe que sentiu a ausência da

        filha ao acordar do cochilo vespertino.
        — No vale.
        —Esses cavalos precisam de tanta atenção assim?
        —Eles perderam o líder e precisam de atenção. Tem uma fêmea

        prenha. – disse Aimeé omitindo Francis.
        —Que lindo minha filha! - exclamou a mãe – Mas agora me ajude
        com o jantar, seu pai deve estar chegando.
               Aimeé sentiu-se mal de mentir para a mãe, pois sempre

        contava tudo para ela. Mas tinha receio de contar a verdade e ela
        proibir. Não sabia o motivo de mentir, muito menos de se encontrar
        com Francis. Para acabar com tudo, apenas precisava não ir mais
        aos encontros. Mas sentia vontade de ir e gostava das conversas.

        Não sabia o porquê. Era um rapaz que não combinava com ela, por
        sua maneira de pensar e sua situação. Tinha Bibiana e Sancler para
        conversar, mas Francis era diferente. Era rude, ás vezes, mas tinha
        um lado bom escondido que Aimeé queria vê-lo demonstrar.

               Zaquiel  chegou  e  todos  sentaram  à mesa para jantar.
        Conversou sobre o trabalho do pai, o festival, o aniversário da mãe
        de Sancler. Riram. E foram dormir.
               Aimeé deitou-se e ficou olhando para o teto pensativa. É

        melhor acabar com esses encontros. Pensava ela.
        —Grande mãe – Aimeé a invocou – Se for para o bem dos dois essa
        amizade continuar, alguém vai me dar uma flor amanhã, como sinal
        positivo. E acabou adormecendo entre seus pensamentos.

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