Page 49 - O vilarejo das flores
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triste.
        —Mas o que aconteceu Aimeé? Foi sua mãe ou seu pai?

        —Não. Lembra-se daquele rapaz do vale que queria levar os cavalos?
        —Ah não, amiga! O que ele fez a você? Eu te avisei que eram sem
        escrúpulos. – falou Bibiana em tom autoritário.
        —Não é isso. – interrompeu Aimeé ainda choramingando.

        —Então diga o que foi.
               Aimeé  contou  a  Bibiana tudo  que  havia  acontecido  entre
        Francis e ela. Bibiana ouviu a tudo espantada. Pensava: “Como pôde
        se rebaixar a tanto? Deixou-se envolver. ”.

        —Porque você acha que ele não veio Bibi? - continuava Aimeé diante
        do assombroso silêncio da amiga – Talvez tenha ficado doente. Acho
        que foi isso...
        —Aimeé! - Bronqueou Bibiana voltando a si – Você está ficando

        maluca? Ele não veio porque já deve estar com outra mulher. Ele
        quer te usar Aimeé. Pela sua situação. – Gesticulava Bibi irritada.
        —Não é assim Bibi. Ele não tem esse caráter. – Ponderou Aimeé.
        —Aimeé, esse rapaz só tem uma intenção: enganar-te para conseguir

        os objetivos dele. Melhor esquecê-lo. Seus pais não vão aceitar.
        Pessoa alguma irá aceitar.
        —Mas ele foi tão sincero comigo.
        —Amiga, esqueça! Está bem? Venha, vamos nos organizar para a

        gincana. Todos estão em seus lugares, só falta nós duas.
               Aimeé resolveu seguir os conselhos da amiga e decidiu
        esquecer tudo o que aconteceu.
               Participaram da gincana, dançaram, comeram e  quando

        chegou ao final da tarde iniciou-se o concurso de fantasias. A mais
        votada levaria o bolo para casa. Todos se aproximaram do palco para
        esperar pelo veredito.
               Aimeé ficou sentada no banco um pouco afastada. Embora

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