Page 52 - O vilarejo das flores
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—Ora, seu!- ameaçou Aimeé um pouco envergonhada.
—Olha a boca!
—Porque não disse que estava aqui?
—Não tive como. Você estava sempre cercada por muitos que não
veriam com bons olhos a minha aproximação.
—Não tem que ligar para o que as pessoas pensam.
—É? E você o que pensa?
—Eu penso que discriminar alguém por sua posição social é pobreza
espiritual.
—Nem todos pensam como você. – disse ele pegando na mão dela.
Aimeé corou e não sabia o que fazer. Eles caminharam tanto que
nem perceberam que se afastaram do vilarejo. Havia uma árvore
perto e Francis levou Aimeé para baixo. Ficou de frente para ela,
colocou a mão em seu queixo. Aproximou os lábios e. ...
Na festa, Brígida procurava pela filha. Já era tarde e nem sinal
de Aimeé. Encontrou com Bibiana e indagou sobre o paradeiro da
filha.
—Eu a vi faz duas horas conversando com um rapaz. – disse Bibiana.
—Com um rapaz? - perguntou Brígida preocupada.
—Acho que sim, não vi direito. Estava longe. – Desconversou
Bibiana.
—Viu onde ela foi?
—Acho que para aquele lado. – apontou Bibiana.
Brígida, preocupada, foi encontrar-se com Zaquiel para juntos
procurarem Aimeé.
Francis e Aimeé estavam abraçados e encantados pelo momento.
—Eu preciso ir embora. Está ficando tarde. – disse ela.
—Está bem. – concordou ele passando os braços por sua cintura e
beijando-a.
Aimeé não teve forças para se soltar.
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