Page 56 - O vilarejo das flores
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Aimeé disfarçou mais um pouco assistindo ao teatro. Olhou para um
        lado, olhou para o outro e saiu correndo na direção da árvore.

               Para sua surpresa, Francis não estava no lugar combinado.
        Olhou em volta, mas não o viu. Andou até a árvore com receio, de
        repente sentiu alguém puxar seu braço. Assustada começou a se
        debater com os olhos fechados.

        —Calma, calma! – pediu Francis tentando contê-la.
        —Francis? - disse ela abrindo os olhos e o abraçando – Que susto!
        Pensei que tivesse ido embora.
        —Nunca. – disse ele ternamente envolvendo-a em seus braços.

        —Não te esperava tão cedo.
        —Fiquei com tanta saudade que não pude esperar, mas se você
        precisar ficar no festival, eu posso voltar mais tarde.
        —Não. Gostei que chegou cedo. Estava com saudades suas também.

        –disse ela corando.
               Francis e Aimeé estavam tão envolvidos um pelo outro que
        parecia que tudo a sua volta não existia, apenas aquele espaço de
        tempo era válido. Continuaram a conversar e a namorar não se

        importando com nada a volta deles.
               Brígida estava reunida com algumas amigas rindo das fofocas
        alheias.
        —Pela Grande Mãe! - exclamou ela dando gargalhadas.

        —Foi o que eu soube. – disse uma mulher baixa e gorda – Mas eu
        tinha visto a briga deles. Foi de noite e discutiram muito, logo depois
        foi encontrado morto.
        —Mas num bordel? - perguntou Brígida às gargalhadas.

        —Ele ficou com muita raiva dela e foi afogar as mágoas num bordel.
        Mas  passou  dessa  para  melhor  lá  mesmo.  -  continuou  a  mulher
        gorda.
        —Ele sempre foi de frequentar esses lugares. – Comentou outra

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