Page 54 - O vilarejo das flores
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desculpando. As duas passaram pela praça principal onde não havia
        ninguém, encontraram Zaquiel e foram para casa.

               Francis observou tudo sentindo um misto de tristeza e
        alegria. A alegria ele entendia, mas a tristeza, não.
               No terceiro dia do festival, Aimeé saiu mais cedo para ajudar
        nos preparativos do teatro. Passou a manhã mais feliz que o normal,

        rindo à toa. Sancler achou essa euforia fora do normal, mas pensou
        que o motivo fosse a apresentação no teatro. Bibiana, que tinha
        acabado de chegar, foi ao encontro de Aimeé.
        —Olá amiga!

        —Bibi? Chegou agora? - perguntou Aimeé sorridente.
        —Cheguei. Você está tão...
        —Feliz, inspirada, completa, transbordando de amor.- enumerou
        Aimeé.

        —Eu ia dizer tão alucinada, mas inspirada serve também. –disse
        Bibiana sorrindo.
        —Ah Bi! Estou alucinada, arrebatada, exaltada, estou como você
        quiser.

        —Cuidado amiga! Essa alucinação vai passar e quando você enxergar
        a realidade pode se decepcionar.
        —Pare Bibi. Ele nunca vai me decepcionar. Eu sinto. Sinto algo que
        não consigo explicar.

        —Aimeé, você não o conhece direito. Seus pais não o aceitarão.
        Pense bem. Ele não pode te sustentar, não tem dinheiro. Além disso,
        ele deve andar com várias moças da classe dele. Essas moças fazem
        de tudo. Minha mãe contou que  alguns desses homens tentam

        aproveitar-se de meninas de boa família para conseguirem dinheiro.
        —O Francis não é assim. Ele é pobre sim, mas trabalha muito para
        sustentar seus irmãos. Ele tem uma alma boa. – disse Aimeé em voz
        baixa.

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