Page 53 - O vilarejo das flores
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—É sério, preciso ir embora. – disse ela rindo da situação.
        —Mas eu não estou te segurando. – disse ele olhando-a fixamente.

        —Eu sei... - disse ela.
               Nenhum dos dois tinha força para ir embora. Envolvidos
        entre beijos e abraços, ouviram Brígida chamando a filha.
        —É minha mãe! – assustou-se Aimeé afastando Francis – Preciso ir.

        —Calma. – pediu ele voltando a abraçá-la.
        —Você virá amanhã? - perguntou ela. Embora estivesse com medo
        que a mãe os visse, Aimeé não queria separar-se de Francis. Tinha
        mais medo de não o ver de novo. Francis ficou pensativo. Aimeé

        percebeu o pensamento dele e continuou:
        —Não precisamos ficar na festa. Quando você chegar, podemos
        voltar para esse lugar.
        —Ou podemos nos encontrar aqui. Você sempre está com muitas

        pessoas ao seu redor. - disse ele.
        —Eu venho com meus pais e sair sem participar das atividades
        despertaria a curiosidade deles. Eu fico atenta. Não se preocupe.
        Você chega no início?

        —Não. Prefiro chegar no final da tarde. De noite é difícil repararem
        em alguém.
        —Perfeito. Então, até amanhã. – Despediu-se ela dando um último
        beijo.

               Aimeé correu na direção dos chamados de sua mãe.
        —Mãe!
        —Aimeé! Onde estava? Procuro-te há uma hora. - brigou Brígida
        preocupada.

        —Desculpe-me mãe. Distraí-me conversando.
        —Com quem estava?
        —Com algumas pessoas. – Mentiu Aimeé.
               Brígida foi repreendendo a filha pelo caminho e Aimeé foi se

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