Page 55 - O vilarejo das flores
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—Não comece com essa conversa de alma. Acorde! Ele está se
        aproveitando de você. – Afirmou Bibiana segurando Aimeé.

        —Não. – negou Aimeé com firmeza – Ele não faria isso!
        Bibiana inspirou fundo e disse.
        —Depois não diga que eu não tentei te avisar. – dizendo isso, virou
        as costas e foi conversar com Sancler.

               A conversa com Bibiana tinha deixado Aimeé com receio
        de que tudo fosse verdade, mas não podia se conter. Amava-o
        desesperadamente.
               Afastou esses pensamentos e percebeu que era hora do

        almoço. Em casa, Brígida preparava doces para a festa. Aimeé chegou
        e foi ajudar a mãe antes de comer.
        —Ainda com esse humor radiante filha? - comentou a mãe sorrindo.
        —Sempre mãe. – suspirou Aimeé flutuando.

        —E posso saber o nome desse humor radiante? - indagou a mãe
        curiosa.
        —Ora mãe. Estou feliz com o festival, com as danças...
        —Entendo. - murmurou Brigida cética – Bem, já que essa felicidade

        deve-se ao festival, não quero atrasá-la. Vá almoçar que mais um
        pouco saímos.
               Logo depois do almoço, Aimeé saiu em disparada à praça
        principal com o coração batendo acelerado. A primeira peça

        havia iniciado e ela acabou se distraindo com a apresentação. Ria
        à toa parada, quando sentiu alguém afastar seu cabelo da orelha e
        murmurar um “Olá!” Aimeé olhou assustada para trás e deparou-se
        com Francis sorrindo.

        —Oi. – disse ela devolvendo o sorriso
        —Eu vou te esperar na mesma árvore. – cochichou ele.
               Francis entrou em uma das ruas e desapareceu. O festival
        concentrava-se na praça, por isso as ruas adjacentes ficavam desertas.

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