Page 57 - O vilarejo das flores
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mulher.
—Quando avisaram a esposa, apenas informaram que ele havia
falecido. – Relatava a mulher gorda – Ela pôs-se a chorar lamentando
a briga. Ao indagar sobre o local da morte, o inspetor desconversou,
mas teve que dizer. Na mesma hora ela parou de chorar e fechou o
semblante.
—A lamentação acabou na hora. – disse uma das mulheres rindo.
—Ela ainda esbravejou contra o marido na frente do inspetor.
—Os homens são todos iguais. – afirmou Brigida – Amigas vou indo,
senão Zaquiel começa a reclamar. Brígida despediu-se das amigas e
saiu em busca do marido e da filha. Encontrou Zaquiel bebendo com
alguns amigos.
—Está na hora de ir? - perguntou ele bebendo uma cerveja.
—Sim, está tarde. Você viu Aimeé?
—Deve estar na praça dançando. Vou tomar mais um copo enquanto
você vai procurá-la.
—Não exagere! Volto em um instante. – avisou Brígida saindo no
encalço da filha.
Aimeé não estava na praça, nem nas barracas, nem no teatro.
Brígida preocupou-se com esse sumiço que não tinha explicação.
—Bibi!- chamou Brígida correndo na direção de Bibiana.
—Oi tia!
—Você viu Aimeé?
—Ihh tia! Tem um tempo que não a vejo. Não consegue encontrá-la?
—Não. Já procurei em todos os lugares.
—Vamos tia, te ajudo.
Brígida e Bibiana foram pelas ruas adjacentes procurar por
Aiméé. Esta que estava ali perto se assustou ao ouvir a voz da mãe.
—É minha mãe. Nem percebi a hora passar. Tenho que ir.
—Não. – pediu Francis agarrando-a na cintura – Está cedo.
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