Page 144 - Fortaleza Digital
P. 144
156
Sua mente disparou, percorrendo o Nodo 3 à procura de opções. As portas atrás
dela fizeram um clique e em seguida o mecanismo de abertura entrou em ação.
Seu instinto prevaleceu e, afundando os pés no tapete, deslizou em passos largos e
rápidos na direção da despensa. Quando as portas se abriram, Susan havia
chegado até a geladeira, abrindo-a com um puxão forte. Um jarro de vidro que
estava em cima ameaçou cair, balançou um pouco e parou no mesmo lugar.
- Com fome? - perguntou Hale, entrando no Nodo 3 e andando na direção dela.
Sua voz era calma e levemente sedutora. - Quer dividir um pouco de tofu?
Susan expirou e virou-se para ele.
- Não, obrigado. Acho que eu vou ... - mas as palavras ficaram presas em sua
garganta. Ela ficou branca.
Hale olhou-a, sem entender.
- O que há de errado?
Susan mordeu o lábio e encarou-o.
- Nada - conseguiu dizer. Mas era mentira. Um pouco mais à frente, a tela do
terminal de Hale estava acesa. Ela se esquecera de reduzir o brilho.
157
CAPÍTULO 37
De volta ao saguão do Alfonso XIII, Becker, cansado, dirigiu-se até o bar. Um
barman nanico colocou um guardanapo à sua frente.
- Qué bebe Usted? O que você quer beber?
- Nada, obrigado - disse Becker. - Você sabe se há algum clube na cidade para
roqueiros punk?
O barman olhou para ele com estranheza.
- Clubes? Para punks?
- Sim. Há algum lugar na cidade onde eles costumem se juntar?
- No lo sé, señor. Não sei. Mas certamente não seria aqui! - sorriu. - Então, que