Page 156 - As Crônicas de Nárnia - Volume Único
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                                                A APROXIMAÇÃO DE ASLAM







                  Enquanto  isso,  Edmundo  estava  cada  vez  mais  descontente  da  vida.
                  Quando o anão desapareceu para aprontar o trenó, esperava que enfim a
                  feiticeira  voltasse  a  ser  boazinha,  como  no  primeiro  encontro.  Mas  nem
                  abriu a boca, a malvada. Edmundo juntou todas as suas energias para dizer:

                         – Majestade, não poderia dar-me um pouquinho de manjar turco? A
                  senhora... a senhora disse...
                         Foi logo interrompido:

                         – Silêncio, debilóide humano!

                         Depois  pareceu  mudar  de  idéia  e,  como  se  falasse  para  si  mesma,
                  disse:

                         –  Mas  não  me  convém  que  este  fedelho  tenha  um  chilique  no
                  caminho. – E bateu palmas.

                         Apareceu um outro anão.
                         – Dê de comer e beber ao debilóide humano.

                         O anão voltou daí a pouco com uma tigela de ferro contendo água e
                  um pedaço de pão seco num prato também de ferro. Exibiu um repelente
                  sorriso de escárnio ao colocar as coisas no chão:

                         – Manjar turco para o principezinho! Ah! Ah! Ah!
                         – Tire esse troço daí! – ordenou Edmundo mal-humorado. – Nunca
                  comi pão seco em minha vida.

                         Mas a feiticeira voltou-se para ele com uma cara tão terrível que o
                  menino pediu desculpas e começou a mordiscar o pão, tão duro que mal lhe
                  descia pela garganta.

                         – E fique contente com isso, por enquanto – disse a feiticeira.

                         Edmundo  não  tinha  acabado  de  mastigar,  quando  o  primeiro  anão
                  veio avisar que o trenó estava pronto. A feiticeira ordenou a Edmundo que
                  a seguisse. A neve caía de novo quando chegaram ao pátio, mas ela nem
                  notou,  obrigando  Edmundo  a  sentar-se  a  seu  lado  no  trenó.  Antes  da
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