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Se excluirmos esse grupo das ações educativas,   da sede do Ipac. A parceria entre órgãos dedicados à
            corremos o risco de torná-los invisíveis ou transformá-  preservação potencializa as ações de preservação do
            los em coisas, em ferramentas do trabalho de campo.   patrimônio arqueológico e aproxima as diversas áreas do
            É preciso lembrar que estamos tratando de cidadãos,   conhecimento envolvidas em projetos dessa natureza,
            membros das comunidades locais, para quem, afinal,   possibilitando que as ações desenvolvidas tenham
            dirigimos esses projetos.                        continuidade – por meio de outros projetos locais –
                                                             após o encerramento das pesquisas arqueológicas.


            A pesquisa arqueológica nos projetos de
            restauração                                      Desafios

            Voltamos as atenções, por fim, para outro grupo, que   Os desafios da Educação Patrimonial no Brasil são            O PROJETO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
            tem papel fundamental no sucesso desses projetos: os   inúmeros e a multiplicação desses projetos no âmbito da
            gestores locais. Em reunião realizada nas dependências   Arqueologia implica a necessidade de refletirmos sobre
            do Escritório de Referência do Centro Antigo – ERCA,   a sua prática de forma geral e sobre as singularidades
            a direção do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural   de cada contexto, como o Centro Histórico de Salvador.
            da Bahia – Ipac solicitou que a equipe de Arqueologia
                                                             Como vimos, tais projetos não devem prescindir de uma
            organizasse evento para o corpo de funcionários do
                                                             longa etapa de conhecimento das comunidades locais
            órgão. Tal solicitação foi atendida por meio de atividade
                                                             envolvidas. Um projeto de seis meses, especialmente
            que incluiu uma palestra seguida de debates sobre a
                                                             em áreas de complexa dinâmica sóciocultural, não
            pesquisa arqueológica em curso na área da 7ª Etapa, e
            dentro do CHS.

            A atividade desenvolvida pela coordenadora do Projeto
            de Pesquisa Arqueológica da 7ª Etapa ocorreu nas
            dependências do Ipac, no Centro Histórico em Salvador.
            Os participantes receberam pasta com o  Manual de
            Arqueologia Histórica, de Rosana Najjar, editado pelo
            Monumenta/Iphan, em 2005, e cujo conteúdo
            sublinha a inserção da Arqueologia em obras
                                                                                                                Engate de arma
            de restauração.                                                                                     com pederneira.
                                                                                                                Montagem de
            O evento proporcionou aos participantes                                                             Luciana Keller.
            o contato com a Arqueologia e,
            sobretudo, com a pesquisa que vem                                                                                183
            sendo desenvolvida a poucos metros





            Programa monumenta – IPhan
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