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Primeiras décadas do Cinema em Portugal


               1918), a participação portuguesa na guerra foi registada pela mão de Ernesto Albuquerque e pelas produtoras
               "Invicta Film" e pelos "Serviços Cinematográficos do Exército".


                     Em 1918 é fundada  a  "Lusitania Film",  tendo sido  uma companhia de produção com um projecto
               ambicioso, liderada por Celestino Soares e Luís Reis Santos. Depois de efectuar obras no antigo estúdio da
               "Portugalia Film", em São Bento dá início à sua actividade com a filmagem de documentários.


                     A  "Lusitania Film" (1918), a "Portugalia Film" (1919) e a "Caldevilla Film" (1920)  de Raúl Caldevilla
               pioneiro na publicidade,  eram outras  três  empresas  que  pretendiam competir com a  "Invicta Film",  ambas
               sediadas em Lisboa onde possuíam «ateliers e oficinas montadas em moldes modernos com certa grandeza e
               largo dispendio de capitais. As três empresas tencionam, todas elas, contratar, para os seus trabalhos,
               companhias estaveis, compostas por artistas que apenas possam, sem compromissos com empresas teatrais
               dedicar-se à cinematografia».

                     De 1925 a 1928 , a  “Invicta  Film”, já em vias de liquidação,  ainda conservará alguma actividade
               laboratorial, mas essa mesma - confecção de legendas para os filmes estrangeiros  - ser- lhe-á arrebatada
               pela distribuidora “Castello Lopes, Lda.” que, para o efeito, montou laboratório próprio, em Lisboa. Até que no
               dia 2 de Janeiro de 1931 é mesmo o fim. Todos os haveres da firma vão a leilão e o Estúdio, já posto ao
               abandono após uma última  utilização por Rino Lupo para filmar os interiores de  “José  de Telhado”,  será
               demolido.

                     A “Caldevilla Films”, (cuja história será abordada num capítulo exclusivo mais à frente) como a “Fortuna
               Film”,  como  a  “Invicta  Film”  iria  extinguir-se.  Foi  nesse  ano  fatal,  de  1923,  que  Rino  Lupo  realizaria,
               isoladamente,  “Os Lobos”,  salvo  erro com capitais portuenses, segundo  a peça de  Francisco Lage  e João
               Correia de Oliveira. O filme obteve grande êxito, vendeu-se para França, Itália, Roménia e Brasil e ganhou,
               com o tempo, um certo valor mitológico que não corresponde inteiramente ao seu valor real.

                     Com o filme mudo “Maria do Mar” datado de 1930, todas as esperanças se puseram, então em Leitão
               de Barros (1896-1967) . Foi ainda nesse ano que Leitão de Barros fez “Lisboa - Crónica Anedótica de uma
               Capital”, que é, de certo modo, o espelho da Lisboa dos anos trinta, vista com enlevo e com divertido sentido
               do humor.







































                                 Leitão de Barros (1896-1967), organizador do “Cortejo Histórico de Lisboa” (1947)

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