Page 809 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Oficina de Territorialização na UBS Abengruta II: relato de experiência
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 056.981.173-22 Luana dos Santos Silva Escola de Saude Publica
603.306.213-27 Jamille de Lima Santos Escola de Saúde Pública do Ceará
056.068.683-85 Leila Darlana da Costa Silva Escola de Saúde Pública do Ceará
990.523.503-53 Ana Paula Maia Nogueira Escola de Saúde Pública do Ceará
Resumo
Introdução: Conhecer o território é uma ferramenta indispensável para desenvolver um trabalho junto à comunidade, baseando-se nas
potencialidades e dificuldades que este apresenta. O incentivo à realização de oficinas de territorialização acompanhadas de um
planejamento participativo é uma das maneiras mais reais de complementar a análise da situação de saúde de uma população e dos
serviços de saúde oferecidos. Objetivo: O estudo visa apresentar os resultados da oficina efetuada pelos residentes multiprofissionais
durante a imersão no território. Metodologia: Refere-se a um relato de experiência de abordagem qualitativa e descritiva, baseado numa
oficina de territorialização desenvolvida com a população adscrita da UBS da Abengruta II, vivenciada pela equipe de residentes da
RIS, realizada no mês de abril do ano de 2018 no CRAS, no município de Aracati-CE. Resultados: A oficina foi constituída por 17
participantes. Iniciamos o acolhimento com a dinâmica "Corredor do Cuidado", na qual todos faziam massagens e diziam palavras de
valorização e estímulo. Após, realizamos a atividade "Metáfora da Casa", onde os partícipes elencavam os problemas e potencialidades do
território, e classificavam os pontos de urgência resultando na elaboração da matriz GUT, baseada nos achados da matriz FOFA.
Destacamos como potencialidades o CRAS, igrejas evangélicas, centro espírita, rezadeira, UBS, escolas e academia de saúde. Quanto às
dificuldades, foram mencionadas a falta de informações de saúde e de espaços de promoção de lazer; rotatividade de profissionais;
ausência de saneamento básico e coleta de lixo; precária infraestrutura de equipamentos públicos; tráfico de drogas; violência; desemprego;
ociosidade da população jovem, sendo esses cinco últimos considerados como de maior urgência de solução. Por fim, construiu-se um
plano participativo com a proposição das seguintes estratégias: realizar ações educativas e preventivas; potencializar a intersetorialidade;
ampliar políticas de geração de trabalho e renda; formar grupos de esporte e lazer; fortalecer o vínculo usuário-equipe e propor a realização
de concurso público. Conclusão: Os relatos e percepções trazidos na oficina de territorialização permitiram identificar os vários aspectos que
permeiam o território para além da sua limitação geográfica. Portanto, as informações citadas pelos sujeitos na atividade constituem a base
norteadora das ações de saúde a serem desenvolvida nos territórios de atuação dos residentes.

