Page 813 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
O PRECEPTOR DE CAMPO E A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE - UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 057.894.113-98 Jessyca Moreira Maciel Secretaria Municipal de Saúde
Resumo
Introdução: Para Petta et al, (2015) as Residências Multiprofissionais em Saúde surgem com o propósito de reparar as dificuldade
encontradas nos cenários do Sistema Único de Saúde (SUS), através da construção de espaços de debate e articulação,
oportunizando o conhecimento e o reconhecimento do valor de cada trabalhador para construir novos significados para o trabalho.
Segundo Barreto, et al (2011) é importante que o preceptor aceite e valorize os conhecimentos prévios e sentimentos do residente
fortalecendo o vínculo e usando-o como instrumento na construção do trabalho. Objetivo: Descrever a experiência de um preceptor de
campo de uma Residência Integrada em Saúde, com ênfase em Saúde da Família e Comunidade. A equipe é composta por 7 residentes: 1
fisioterapeuta; 1 nutricionista; 1 psicólogo; 1 assistente social; 2 enfermeiros e 1 dentista. Relato de Experiência: Receber uma equipe de
Residência Multiprofissional é um presente ofertado aos serviços de atenção primária. A residência desperta o sentimento de mudança nos
envolvidos no processo de trabalho. O preceptor se torna o mediador no serviço, facilitando processos e aprendendo como desenvolvê-los
no seu cotidiano. Há uma horizontalização quando o preceptor enxerga o residente como construtor do seu próprio conhecimento e não
como inferior no processo de aprendizagem. Porém, o profissional do serviço nem sempre está preparado para ser preceptor, o que pode
ser além do que ele consegue conciliar. Existe o medo inicial de não conseguir mediar os conflitos e das barreiras do cotidiano do serviço
serem maiores que a vontade de ultrapassá-las. No entanto a preceptoria pode se apoiar na integração do ambiente com o
trabalho, fortalecendo as relações entre profissionais, pacientes e familiares, valorizando o respeito, construção de vínculo e ampliação da
autonomia no território. Conclusão: A residência é o método de ensino que alia a teoria/prática/pesquisa/assistência e proporciona um
universo de oportunidades para os envolvidos no processo. Propicia uma visão integral do usuário e é modificadora do território. Ainda há
muito o que melhorar e só será completa quando as equipes de saúde entenderem que são determinantes no processo de educação dos
residentes e de educação permanente de si mesmas.