Page 835 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Relato de Experiência sobre a Atu(a)ção da Residência Integrada em Saúde (RIS)
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 014.711.533-71 Ilana Farias Andrade de Moura Escola de Saúde Pública do Ceará
603.891.303-38 Natália Silva Almeida do Nascimento UniDeVry FANOR
020.339.103-93 Sabrina Silva dos Santos Centro de Atenção Psicossocial do Município de Icapuí
049.515.213-77 Victor Mateus Macário Portto Universidade Estadual do Ceará
Resumo
No contexto da saúde pública, o território de apresenta a partir de múltiplas dimensões e sentidos, sendo vivo e estando em constante
transformação. Diante disso, objetiva-se relatar a vivência das oficinas de territorialização e planejamento em saúde. Trata-se de um relato
de experiência das oficinas realizadas pela Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará, nas comunidades de
Morro Pintado e Peixe Gordo no município de Icapuí-CE, ocorridas no dia 26 de abril de 2018. Nesse contexto, a fim de incentivar a
participação da comunidade e colocá-los como sujeitos ativos no processo da construção de estratégias de cuidado no território,
propusemos a metologia da "Rede de Ideias". Para esta utilizamos uma tarrafa (rede de pesca artesanal), animais marinhos feitos de papel
simbolizando as potencialidades e lixos de papel representando as fragilidades. Nesse processo, os residentes facilitaram as discussões,
fomentando reflexões acerca das questões que foram surgindo na "Rede de Ideias". Obtivemos como resultados as seguintes
potencialidades: hospitalidade da população, Agentes Comunitários de Saúde, coleta seletiva do lixo, bom atendimento do profissionais de
saúde, RIS, boa estrutura das Unidades de Atenção Primária à Saúde; e as fragilidades: aumento das doenças mentais, distância entre
distritos, falta de algumas categorias profissionais nos serviços de saúde, carência de medicações básicas, falta de transporte público. Após
levantamento dos dados realizamos a oficina de planejamento participativo com o intuito de analisarmos as potencialidades e fragilidades
apresentadas pela população. Esse momento constituiu na priorização do pontos discutidos na primeira oficina, considerando as
percepções e os anseios dos participantes. Os pontos foram discutidos e problematizados, colocando em um baú os temas que não
eram de nossa responsabilidade e os deixando guardados para fazermos os devidos encaminhamentos, bem como dando a devolutiva dos
pontos que desrespeitavam a nossa atuação como profissionais de saúde. Por fim, enfatizamos que a comunidade também é
responsável pelo enfrentamento da resolubilidade das problemáticas, ressaltando a importância da participação popular e do controle
social para a melhoria da saúde da comunidade. A partir dessa experiência, concluímos que é possível construir espaços de subjetivação e
produção do cuidado, realizando encontros e ações que promovam reflexões e potencializam a vida existente no território.