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abordagem surgiu do seguinte questionamento: porque os métodos
          estatísticos  apenas  reduziam os  defeitos  e  não  os eliminavam
          completamente? A resposta encontrada foi que velocidade de reação
          aos sinais identificados pelo controle estatístico de processo não era
          suficiente  para  evitar  os defeitos. Considerando isso, a  alternativa
          encontrada foi a autoverificação. Segundo essa abordagem, o
          operador deveria ser responsável pela verificação e ação. O ponto
          fraco dessa abordagem era a ideia de que as inspeções não deveriam
          ser feitas pela mesma pessoa que executava a operação para evitar
          análises tendenciosas. Se a inspeção for feita pelo próximo operador,
          e não pelo próprio operador que executa a tarefa, esse problema é
          eliminado, pois criava uma relação clara de cliente–fornecedor entre
          as sucessivas etapas do processo produtivo.
            A seguir, o controle de qualidade evoluiu, incorporando o método
          de inspeções na fonte, baseado na premissa de que ocorrência de
          defeitos é resultado de alguma condição ou efeito inapropriado. Se
          essa condição ou efeito são descobertos antes de se transformarem
          em erros, os defeitos podem ser eliminados completamente. Assim,
          a inspeção das condições operacionais antes do início de qualquer
          trabalho é a base do controle de qualidade na fonte.
             Portanto, o CQI utiliza os conceitos de controle estatístico, zero
          defeito, inspeção na fonte, Poka Yoke e 5S para:
            - Determinar quantos produtos suficientes foram produzidos.
            - Determinar se alguma parte do processo está operando de forma
          diferente do planejado.
            - Determinar se alguma coisa está mudando no processo,
          podendo gerar defeitos no futuro.
            O CQI também pressupõe a melhoria contínua dos sistemas e a
          extensão do mesmo conceito para os fornecedores, eliminando a
          necessidade de inspeção na entrada do material.
            O conceito de Manutenção Preventiva Integrada (MPI) está
          intimamente ligado ao conceito de CQI. Na MPI, o comportamento
          rotineiro dos equipamentos deve ser conhecido pelos seus operadores,
          incluindo os problemas rotineiros e os fatores que causam perda da
          estabilidade estatística.
            A MPI leva em consideração um conceito apresentado na Seção
          2.1 da Unidade 2, chamado Muri, ou sobrecarga. Segundo a MPI, a


                                       U3 - Sistema integrado de manufatura: aspectos iniciais e estruturais  7
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