Page 67 - ASAS PARA O BRASIL
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Você  podia  comprar  uma  conserva  cheia  de  ar  do  Alaska,
                  surpreendente marketing turístico.

                  Como  a  viagem  era  longa  e  penosa,  um  japonês  que  falava  um  francês
                  irregular, me deu a sua dica para se sentir em forma no dia seguinte.


                  Chegando  ao  Japão,  “o  país  do  Sol  Nascente”  com  o  seu  lendário  hotel
                  Imperial no bairro de “Ginza”, eu encomendava o remédio milagroso na
                  recepção.


                  Meia hora mais tarde,  tocou  a campainha na porta  do meu  quarto: um
                  lutador de sumô enorme enquadrava a entrada e sem dizer nada apontou
                  de maneira autoritária o seu dedo na direção da cama.

                  O despertar foi penoso, eu tinha a impressão de ter passado por debaixo de
                  um ônibus, eu que esperava que mãos doces e gráceis vencessem o meu
                  cansaço. As tailandesas te massageiam andando em cima das suas costas.


                                    Viagem “The French Connection”

                         Nos anos 1970, eu fiz uma viagem aos USA que poderia ter acabado
                  mal.


                  Durante o controle dos passaportes no aeroporto Kennedy de Nova York, o
                  policial do serviço de imigração me fez a pergunta habitual “o que você veio
                  fazer nos Estados Unidos?”; eu respondi que era um convidado de seu país.
                  Pelo olhar e em um tom imperioso, ele me pediu um documento, que estava
                  na minha mala, para provar o que eu estava afirmando.


                  Ele deu um telefonema e logo em seguida, dois colegas seus vieram me
                  buscar para me levar através de uns corredores escuros a uma sala onde fui
                  revistado  de  maneira  enérgica.  É  claro  que  pediram  o  meu  ticket  de
                  bagagem.

                  Depois de uma longa espera, um oficial começou de maneira protocolar o

                  seu interrogatório...

                  Eu expliquei que estava em trânsito em Nova York e que eu tinha que ir a
                  Seattle pelo aeroporto de La Guardia e que se ele continuasse a me manter
                  no seu escritório, eu ia perder a minha correspondência.

                  Minha mala chegou e pude provar que era o seu convidado, com um belo

                  documento oficial do US Tourist Board.

                  O relógio corria e o prazo que eu tinha para chegar até o outro aeroporto
                  era particularmente crítico.
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