Page 62 - ASAS PARA O BRASIL
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No aeroporto chamado de “Maya-Maya”, no meio da desordem, um
                  empregado  me  informou  que  havia  “provavelmente”  cabaninhas
                  disponíveis a alguns quilômetros e eram reservadas ao “pessoal navegante”
                  das diversas companhias aéreas.


                  Quando  eu  estava  a  ponto  de  chamar  um  táxi  para  ir  ao  lugar,  vi  uma
                  mulher que já tinha reparado no avião, aos prantos, sentada na beira da
                  calçada e aparentemente, muito desesperada. Devido ao rosa choque do
                  seu vestido, deduzi que seria inglesa ou americana. Ela também procurava
                  um  hotel.  Chamamos  um  táxi  e  após  horas  de  discussão  com  o
                  recepcionista,  ficamos  na  única  cabaninha  rudimentar  disponível,  para
                  nossa maior sorte. Jantamos juntos à beira da piscina cujas águas eram

                  salobras  e  pouco  românticas.  Ela  era  do  estado  do  Missouri.  No  ano
                  seguinte,  ela  e  seu  marido  me  retornaram  o  convite  no  restaurante
                  “Taillevent”, em Paris, para agradecer a minha cortesia.

                  O  Bernard  me  contou  que  um  dia  no  Québec,  ele  ouviu  uma  aeromoça
                  explicar  o  atraso  de  um  avião  porque  “ele  desenvolveu  problemas  de
                  ferramenta” (do inglês: “it developed engine trouble”).


                  Durante uma conferência organizada pelos canadenses no Québec para um
                  público  de  engenheiros  franceses  que  tinham  muitas  dificuldades  de
                  entender a língua (que era o francês), eu tive que achar imediatamente um
                  tradutor; não foi fácil explicar para  as autoridades locais que o sotaque
                  canadense não era muito familiar para os franceses.


                  Os problemas com os tradutores e os jornalistas (imprensa) são recorrentes
                  durante os congressos e sempre requerem um cuidado particular.

                                                  CAPÍTULO VII


                                     Minhas viagens de avião com várias asas

                                               A viagem mais longa

                         Instalado  confortavelmente  na  classe  executiva,  longe  do  espaço
                  rudimentar oferecido hoje na “classe gado”, me ofereceram imediatamente

                  uma taça de champanhe e num pratinho delicado, uma rosa vermelha. Meu
                  destino de férias, está vez, era ‘Den Pasar’, na Ilha de Bali. Eu estava no voo
                  entre Sydney e Nouméa num DC10 da UTA.

                  Após uma longa espera antes da suposta decolagem do aeroporto chamado
                  de “camembert”, fomos convidados a descer do avião e fomos levados a um
                  hotel perto do aeroporto de Roissy.
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