Page 65 - ASAS PARA O BRASIL
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Viagem surpresa!

                  Eu tive a sorte de voar várias vezes no Concorde que voou durante 27 anos.
                  Rápido, mas pouco confortável para as minhas pernas longas. O avião era
                  bonito, com assentos estreitos, e um serviço de bordo digno de um grande

                  restaurante.

                  Durante uma viagem, uma moça sentada ao meu lado, sofria devido à alta
                  diferença de pressão, quando o Concorde passava em modo supersônico
                  em Mach 2, acima da cidade de Nantes.


                  Por um tempo, ela não parava de saracotear as mãos coladas nos seus seios;
                  ela  me  confessou  com  simplicidade  que  havia  sido  submetida  a  uma
                  cirurgia recente e colocado silicone nos seios.























                                  O choque térmico Canadá-Austrália.


                  Era  dezembro,  do  meu  quarto  estranhamente  triangular  do  hotel
                  “Méridien”  no  centro  de  Montréal,  eu  observava  com  preocupação  uma
                  camada  de  neve  de  mais  de  um  metro.  A  meteorologia  do  Québec
                  anunciava “uma boa máquina de pólvora”.

                   Eu tinha que retornar à França, mas o acesso ao aeroporto Mirabel, situado

                  a uns quarenta quilômetros, era no mínimo arriscado.

                   Somente no dia seguinte, eu me aventurava fora do hotel em direção ao
                  aeroporto; o zelador indicou-me um motorista com um enorme 4x4, que
                  me levou por caminhos alternativos, que supostamente só ele conhecia.

                   Ele  me  deixou  uma  conta  salgada  que  eu  tive  muita  dificuldade  para

                  justificar depois.

                  À  nossa  chegada  ao  aeroporto,  o  avião  da  Air  Canadá  estava  sendo
                  degelado.
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