Page 25 - Relatorio de segurança_Assembleia_-
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Sul,  destacou  a  caótica  situação  do  sistema  carcerário  do  Estado,
               reconhecendo o déficit das  vagas prisionais  –  que é  superior a  11.000.
               Afirmou,  entretanto,  que  o  Estado  está  buscando  minimizar  esses  dados,
               adotando medidas na criação de novas vagas no sistema prisional – como
               permuta de imóveis do Estado por vagas prisionais; e construção de centros
               de triagem, para retirar presos que estão em delegacias de polícia.

                      A Superintendente apresentou alguns dados,  aproximados,  do
               sistema penitenciário no Estado, que demonstram a dificuldade de gestão:
               35.000 presos, para 23.000 vagas; em torno de 5.000 servidores; 1.135.000
               visitas realizadas nas casas prisionais no ano 2016; e, o mais preocupante, a
               Superintendência dos Serviços Penitenciários tem gasto mensal em torno de
               20 milhões de reais, recebendo orçamento de apenas 13,5 milhões de reais.

                      Da exposições realizadas, observou-se que o sistema prisional é um
               dos  temas mais preocupantes quando  se  discute a Segurança Pública;
               também restou dito que o encarceramento em massa – que vem ocorrendo
               tanto no Brasil em geral, quanto no Estado do Rio Grande do Sul – não está
               gerando qualquer impacto significativo sobre os indicadores de segurança; e,
               ainda, constatou-se que os paradigmas referentes às políticas prisionais têm
               se mostrado ineficazes em, ao menos, reduzir as mazelas da superlotação
               penitenciária e a consequente omissão  do Estado dentro das casas
               prisionais.
                      Participaram desta audiência pública os deputados Ronaldo Santini
               (PTB), presidente da Comissão Especial, Vilmar Zanchin (PMDB), relator da
               Comissão Especial, Adão Villaverde (PT), Altemir Tortelli (PT), Stela Farias
               (PT), Frederico Antunes (PP), João Fischer (PP), Sérgio Turra (PP) e Liziane
               Bayer  (PSB)  e  representantes  do  Tribunal  de  Justiça,  Ministério  Público,
               Defensoria Pública, Polícia  Civil, Brigada Militar, Tribunal de Contas do
               Estado,  Procuradoria-Geral  do  Estado,  Instituto-Geral  de  Perícias,
               Superintendência  de  Serviços  Penitenciários,  Conselho  Penitenciário,
               Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Prefeitura Municipal de Canoas,
               Prefeitura  Municipal  de  Novo  Hamburgo,  Prefeitura  Municipal  de
               Cachoeirinha, Prefeitura Municipal de Guaíba, Pastoral Carcerária,
               Federação dos Conselho  de Comunidade Prisional,  Federação das
               Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul, Ordem dos Advogados
               do Brasil, entre diversos sindicatos e associações.




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