Page 127 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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finalmente  conseguira  entrar  em  contato  com  o  homem  enquanto  eles  fugiam  da  sala  de  leitura,  e
          estava seguro de que seu curto recado seria perfeitamente compreendido.
                 Agora,  enquanto  avançava  pela  mais  completa  escuridão,  Bellamy  pensava  na  pirâmide  de
          pedra e no cume de ouro dentro da bolsa de Langdon. Faz muitos anos desde que essas duas peças
          estiveram juntas no mesmo lugar.
                 O Arquiteto nunca esqueceria aquela dolorosa noite. A primeira de muitas para Peter. Bellamy
          tinha  sido  convidado  à  propriedade  dos  Solomon  em  Potomac  para  o  189  aniversário  de  Zachary.
          Apesar de ser um adolescente rebelde, o rapaz era um Solomon, o que significava que, naquela noite,
          segundo a tradição familiar, iria receber sua herança. Bellamy era um dos melhores amigos de Peter e
          um  irmão  maçom  de  confiança,  motivo  pelo  qual  fora  convidado  para  servir  de  testemunha.  Mas
          Bellamy não fora chamado para assistir apenas à transferência do dinheiro. Havia muito mais em jogo
          ali.
                 Bellamy tinha chegado cedo e, conforme solicitado, ficara aguardando no escritório particular de
          Peter. A maravilhosa sala antiga recendia a couro, lareira e chá de boa qualidade. Warren já estava
          sentado quando Peter entrou com o filho. Ao ver Bellamy, o rapaz magricelo de 18 anos fechou a cara.
                 — O que está fazendo aqui?
                 — Servindo de testemunha — respondeu Bellamy. — Parabéns, Zachary.
                 O rapaz soltou um resmungo e olhou para o outro lado.
                 — Sente-se, Zach — disse Peter.
                 Zachary se sentou na única cadeira diante da escrivaninha do pai. Solomon trancou a porta do
          escritório. Bellamy ficou um pouco mais afastado.
                 Solomon se dirigiu ao filho em tom sério.
                 — Você sabe por que está aqui?
                 — Acho que sim — respondeu Zachary.
                 Solomon deu um profundo suspiro.
                 — Sei que faz algum tempo que você e eu não ficamos cara a cara, Zach. Eu fiz o que pude
          para ser um bom pai e preparar você para este momento.
                 Zachary não disse nada.
                 — Como você sabe, quando ficam adultos, todos os filhos da família Solomon recebem o que é
          seu por direito: uma parcela da nossa fortuna destinada a ser uma semente... uma semente para você
          cuidar, fazer crescer e usar para ajudar a alimentar a humanidade.
                 Solomon andou até um cofre na parede, destrancou-o e tirou lá de dentro uma grande pasta
          preta.
                 — Filho, esta pasta contém tudo de que você precisa para transferir legalmente a sua herança
          para seu nome. — Ele pôs a pasta sobre a escrivaninha.
                 —  O  objetivo  é  que  você  use  esse  dinheiro  para  construir  uma  vida  de  produtividade,
          prosperidade e filantropia.
                 Zachary estendeu a mão para a pasta.
                 — Valeu.
                 — Espere aí — disse o pai, pondo a mão sobre a pasta. — Ainda preciso explicar mais uma
          coisa.
                 Zachary lançou um olhar insolente para o pai e tornou a afundar na cadeira.
                 — Existem aspectos da herança dos Solomon que você ainda não conhece. — O pai passou a
          encarar o filho com intensidade. — Você é meu primogênito, Zachary, o que significa que tem direito a
          uma escolha.
                 O adolescente se empertigou, parecendo intrigado.
                 — É uma escolha que pode muito bem determinar a direção do seu futuro, então recomendo que
          você reflita com calma.
                 — Que escolha é essa?
                 Seu pai respirou fundo.
                 — A escolha... entre riqueza e saber.
                 Zachary o encarou sem expressão.
                 — Riqueza e saber? Não estou entendendo.
                 Solomon se levantou e foi novamente até o cofre, de onde tirou uma pesada pirâmide de pedra
          com símbolos maçônicos gravados. A seguir depositou-a sobre a escrivaninha, ao lado da pasta.
                 — Esta pirâmide foi criada há muito tempo e confiada à nossa família por muitas gerações.
                 — Uma pirâmide? — Zachary não parecia muito animado.
                     —  Filho,  esta  pirâmide  é  um  mapa...  que  revela  a  localização  de  um  dos  maiores  tesouros
          perdidos da humanidade. Esse mapa foi criado para que o tesouro um dia pudesse ser redescoberto. —
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